segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Educação Hevanjèlykan First


Os professores ateus e humanistas, influenciados pelo grego Epicuro, que foi objeto da tese de doutorado de Karl Marx, estão com os dias e as noites marcados para morrer. Mas, atenção, os perseguidos não serão apenas os admiradores de Epicuro e Demócrito.

Nada no céu
Tudo na Terra.

Esse apotegma de Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim a favor da vida com gozo e sem dor é um anátema para os pastores sadomasoquistas que se apossaram da outrora Ilha de Vera Cruz.

Os professores excomungados não serão aqueles  comunistas que preferem O Capital à Bíblia.

Os professores perseguidos, ineludivelmente expulsos das escolas com pontapé na bunda, serão os macumbeiros, os umbandistas, os catimbozeiros e os kardecistas.

Que se cuide a professorança devota do Candomblé. Lembrem-se de Edison Carneiro, marxista e folclorista, que na Bahia se protegia da polícia escondido em casa de santo.

Edison Carneiro, que era negro, entendido em Umbanda, colaborou no Dicionário do Folclore Brasileiro de Luis da Câmara Cascudo, o magnífico e inigualável livro sobre a cultura popular, corre o risco de ser queimado em algum Templum Hevanjèlyko.

Não estou a exagerar em meu sinistro prognóstico. Tenho observado que o principal adversário dos neuróticos pentecostais não é o materialismo dialético, e sim o Folclore, a interpretação supersticiosa do mundo que se origina em Dante Alighieri, a quem Luis da Câmara dedicou um livro mostrando que a concepção de Dante do céu é a mesma do povo do Rio Grande do Norte. Acrescente-se que o povo nunca leu o poeta florentino.

O bispo Edir Macedo certamente não aprecia nem Dante nem Luis da Câmara Cascudo.

Pasmem os ociosos leitores, como diria Miguel de Cervantes, o ponto em comum entre Cascudo e Marx é a epígrafe de Dante posta em O Capital: segue o teu caminho...

O ignaro e barulhento igrejário dos pastores odeia o folclore por causa das superstições e das crendices euro-afro-ameríndias. 

Tudo aquilo que diz respeito às crendices do povo que não passa pelo crivo da mercadoria evangélica é objeto de ódio e ataque violento, a ponto dos pastores cobrirem de porrada os umbandistas em favelas do Rio de Janeiro.

O ódio da igreja evangélica contra o folclore evidencia que este não é tão suscetível à mercadoria. No céu o pastor deixa a soberania para Deus em quanto quem manda na vontade eleitoral do povo é Edir e seus correligionários.

Lembra-me ter lido em algum maluco que ama o folclore que sem a oposição às igrejas dos crentes não há a menor possibilidade de existir revolução socialista no Brasil, conquanto haja proletariado e subproletariado crentes.

Os pobres no Rio de Janeiro e os oprimidos são crentes desesperados, informou Ney Lopes, marxista, brizolista, sambista, lexicógrafo do Rio de Janeiro, exímio conhecedor da cultura popular.

Ney Lopes, que foi amigo do meu amigo e professor Joel Rufino dos Santos, tem um verbete primoroso sobre Edir Macedo que trabalhou em loja de lotérica apadrinhado pelo governador Carlos Lacerda. O dízimo auferido dos crentes veio depois do trato rentista com o lotérico. Não é por acaso que Karl Marx meteu o sarrafo na loteria.

Quanto mais pobre a população, mais a Igreja Universal atua com sucesso. A ideologia da classe dominante não pode prescindir da manipulação popular feita pelos pastores ruidosos. Isso ficou evidente com a vitória de Jair neste 2018.

Trinta por cento das gentes brasileiras estão seduzidas pelas vozes evangélicas imbecilizantes que encabrestam e escolhem os candidatos. Nunca houve militância tão aguerrida, tão eficaz, tão persuasiva.

Nada se lhe compara. Partido político algum.

Bancada evangélica. Estado teocrático. O crente está imbuído de uma convicção que transcende a qualquer racionalidade. Quem não está comigo está com Satanás. Meu Deus é melhor que o seu. Milícia evangélica. Conforme o andar da carruagem, os evangélicos estarão armados dando tiro contra o folclore do povo.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Deus e os cientistas políticos diante da façanha eleitoral de Jair


É estarrecedora, mas não inexplicável, a vitória de Jair. Eu não sabia de um programa na TV Bandeirantes no qual um palhaço o representava durante quatro anos sendo chamado de “mito, mito, mito”.

Julgava que “mito” fosse uma denominação dada para atribuir-lhe uma espécie de carisma no sentido da graça. Nada disso: “mito” foi uma baixaria criada dentro de um programa de auditório.

Eleito, rindo com escárnio, explicou que mito vinha de um apelido de infância no interior de São Paulo. O chamavam de Palmito, porque ele era um homem magro e alto, daí a corruptela “mito”.

É conversa fiada que ele teria despencado do céu, sem vínculo com as relações sociais ou com a mídia. Na verdade é um prato que está sendo cozinhado há muito tempo.

Logo que ganhou a eleição deu uma declaração jocosa: nenhum cientista político é capaz de explicar minha vitória. Foi coisa de Deus. A ciência não explica Deus. A ciência política não o explica. Nenhum cientista político é capaz de arrumar uma explicação para sua façanha eleitoral. A ciência política é impotente. Só Deus.

Os cientistas políticos são ludibriados pela estatística eleitoral. A ciência política exibe uma lamentável indigência teórica. Os cientistas políticos apenas comentam as pesquisas eleitorais. Neles não há interação entre estrutura de classe e estrutura política, enfim não há gênese histórica. É uma crônica anedótica e superficial que não tem nexo com o passado.

Os EUA nas mãos de Trump e o Brasil sob o comando do capitão, que o povo já está começando a chamar de capetão. Daqui a dois anos Trump vai para casa tomar capilé e Jair não terá o seu coleguinha por mais tempo.

Nunca na história do Brasil houve um total alinhamento com o imperialismo gringo. Banco Central com autonomia irmanado com o banco estrangeiro. Adeus Petrobrás. O propagado “nacionalismo” de Jair é a favor dos EUA.

A desnacionalização do país traz a deformação sobre a história do golpe de 64. A safadeza que não houve ditadura, que a tortura foi fofinha, que o exílio foi de mentirinha, e quem estava realmente querendo dar o golpe eram os marxistas teleguiados por Moscou. Retorna a mistificação que 64 salvou o Brasil do abismo comunista que iria matar todas as nossas criancinhas.

As Forças Armadas voltam a ser objeto de reflexão. Haveria ou não uma ala nacionalista no Exército brasileiro? Afinal, o Exército está inteiramente alinhado à desnacionalização feita pelas multinacionais?
A desnacionalização do território coloca em risco a existência das Forças Armadas. Paulo Guedes é um notório representante do capitalismo monopolista vídeofinanceiro alienígena.

Escola sem partido mas com Bíblia sob a hermenêutica evangélica do bispo Edir Macedo. Vamos cortar os professores de história. Toda a referência ao golpe de 64 será proibida. O que houve, e o que deve ser ensinado pelos professores de história, é movimento de 64, uma onda, um evento, quase uma moda.
Golpe é uma expressão que não poderá ser usada, nem ditadura militar. Porque essas duas expressões não condizem com a realidade que tivemos quando houve a jubilosa intervenção de Castelo Branco, interrompendo o processo democrático trabalhista de João Goulart, que aparece como um bandido. Um bandido que deveria ser expulso e assassinado antes de ir para o Uruguai.

Atente-se que Jair em 1964 não tinha mais que 10 anos, portanto não participou do golpe. Ele gostaria de ter participado, mas era um pirralho.

Vejamos o roteiro sinistro. Abrir o país ao capital estrangeiro, considerar o capital estrangeiro como algo benéfico para o povo e para o país. É por isso que foi amaldiçoado o que ocorreu antes de 64, assim como depois quando as chamadas forças de esquerda tomaram o poder, com a ressalva de que não sei se ele acredita mesmo que o PT tenha alguma coisa a ver com comunismo.

Do ponto de vista histórico, a antítese do bolsonarismo encontra-se no nacionalismo trabalhista brizolista que está morto, portanto Jair não tem opositor real. O seu opositor histórico é o brizolismo marxista. Leonel Brizola é odiado por ter arregimentado o povo na defesa de Jango em 1961 com apoio de uma parte das Forças Armadas. Foi mais ou menos isso o que aconteceu com o Chávez na Venezuela, que é o fantasma para Jair e a direita militar.

O Pentágono demonizou Hugo Chávez, demônio tanto para Trump quanto para Jair. Caluniaram Simão Bolívar, que, aliás, era militar. Estão dando um tiro no próprio pé. Para lembrar meu amigo Bautista Vidal que costumava conferenciar no Clube Militar, os militares brasileiros estão se desqualificando a si mesmos.

O bolivarianismo não é de forma alguma uma contrafação corrupta e apatriótica na América Latina. Jair é antibolivariano, o equivalente dele na Venezuela foi o general Santander. Não é por obra do acaso que o banco Santander foi generoso em sua campanha eleitoral.


quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Quebra cabeça do cinema novo


Gilberto Felisberto Vasconcellos está com livro novo na praça. Escritor profícuo, um dos pensadores mais importantes da cultura nacional, ele tem se dedicado a refletir com cada vez mais profundidade os desafios postos pela realidade brasileira. No livro "Quebra cabeça no cinema novo" ele faz um inventário sobre como o imperialismo cultural foi crescendo e se impondo sobre a cultura brasileira, principalmente depois da morte do extraordinário cineasta nacionalista Glauber Rocha, em 1981.

Diz Gilberto:

Não temos território.
Não temos fábrica de antibiótico.
Não temos banco.
Não temos moeda.
Não temos sol.
Não temos água.

Consequentemente não temos cinema brasileiro.

O quebra cabeça é o domínio da telenovela, cujo o padrinho foi Carlos Lacerda, por isso mesmo este está em foco na capa do livro.

Que o leitor não fique chocado.

Carlos Lacerda ajudou a derrubar Getúlio Vargas e foi um dos golpistas de 64. Esse golpe está na essência da filmografia do Cinema Novo.

***

A ênfase de Gilberto Felisberto Vasconcellos, ao discutir cultura e cinema, é posta pela primeira vez na constelação Walter da Silveira, Roberto Pires e Glauber Rocha. A abordagem é regional para entender a dialética do nacional e o universal.

O ponto de partida é o marxismo do crítico Walter da Silveira, que foi o fundador de um cineclube nacionalista e revolucionário em Salvador.

"Tudo começou lá pela metade dos anos cinquenta.
 quebra cabeça não está só no cinema.
O quebra cabeça está no Brasil e na América Latina.
A contradição é fílmica e existencial.
É a contradição nação versus imperialismo."

Não é preciso dizer da atualidade deste livro.
Trata-se de um libelo contra o entreguismo que está rolando nesta trágica atualidade.

O livro é uma produção independente do autor e precisa se pagar. Então, não hesite e faça já o seu pedido: Para Comprar Clique aqui


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Marxista Leninista Revolucionário Bolivariano da Pátria Grande é Jair Bolsonaro


Com a burguesia comercial de auditório Jair está dando força para a difusão do marxismo.  Claro que é absurdo dizer que Jair é um marxista revolucionário enrustido. Atenção, apavorado leitor, não sejamos malucos. Estará ele fomentando a luta de classes entre burguesia e proletariado?

Impressiona-me como está se falando de comunismo, socialismo e marxismo. Fala-se disso muito mais do que na época da Guerra Fria, isto é, na guerra de nervos.

Outro dia um chofer de taxi, conversa vai, conversa vem, perguntou-me o que é socialismo. Pasmo com a pergunta não lhe dei, no entando, o site Olavo Lava Égua Sado Anal Bolsonara, mas quis saber o motivo da pergunta. É que ele estava ouvindo falar muito disso com a notoriedade de Jair.

O que é comunismo?

Sem querer o capitão está ensejando a curiosidade sobre a revolução proletária, a despeito da escola sem partido.

O nome de Karl Marx é um espectro que ronda o chopinho do general Mourão jogando vôlei de praia.

A política reduzida a Lula e ódios pessoais é uma enfermidade infantil do esquerdismo. A patota empoderada na Barra da Tijuca acha que a história é feita por homens especiais, heróis de Carlyle, a exemplo dos hermanos bolsonarecos nascidos com a vocação weberiana para a política.

O herdeiro familiar de Roberto Campos está brilhando no Banco Central, cuja autonomia leva o Estado para o túmulo, advertiram Arturo Jauretche e Leonel Brizola.

Não vamos cair no engodo de reduzir a era Jair ao conflito entre fascismo e democracia. Afinal, a luta de classes é o ou não é o motor da história?

É preciso afastar o simplismo: civil é bom, militar é ruim. Trotsky no México apoiou o general Cárdenas, e em uma guerra apoiaria o Brasil de Getúlio Vargas contra a Inglaterra democrática de Wilson Churchill.

Há duas coisas que não podemos deixar de lado: a abordagem psicanalítica sobre o palácio da Tijuca e a expansão evangélica que está dando porrada na tradição afrotupi nos morros cariocas.

A luta de classes se dá entre o bispo Edir Macedo e Luís da Câmara Cascudo, o filósofo da teologia popular brasileira.

Quanto à libido sexualis de direita, inaugura o bolsonarismo uma nova etapa desde o integralismo da década de 30. O integralismo era a projeção alucinada de um Curupira nacionalista sem orifício e com ânus ocluso. 

Diferente do anauê de Plínio Salgado é a histerogenia de Janaína Pascoal ao entrar no teatro da política.

Escândalo lava-jato. Empenhada em tirar Dilma do poder, a professora de Direito Penal ficou conhecida na crônica jornalística como a mãe do diabo, posto que o diabo é um personagem masculino por excelência. O diabo não faz parte da doçura do seio feminino.

Tenho me perguntado em que região do corpo se concentra a performance anticorrupção. Provavelmente essa energia é de caráter anal defecativo mais que uretral e mamário. Há uma intensa auto-satisfação neste dualismo: eu, a gostosa incorruptível; os outros e as outras, imorais e desonestos. 

A escuta psicanalítica desde Sandor Ferenczi se interessa pelo estágio sado-anal com foco nas fezes e sua conexão com o dinheiro. O tesão de acumular grana. A prisão de ventre é erótica e implica a destruição do objeto. Junta-se retenção infantil das fezes com desejo crematistico. 

Sandor Ferenczi da Húngria foi considerado um psicanalista marxista e elogiado por Wilhelm Reich, o autor de A Psicologia de Massa do Fascismo. Que haja paralelismo e correspondência entre Janaína Pascoal e a fisionomia enrijecida dos pastores evangélicos não resta a menor dúvida.

Nas últimas eleições o pastor foi o guia. A psicologia de ambos está fundada no jejum, jejuno, jejunum, que significa vazio, magro, estreito, daí a conexão com o intestino. Jejunum intestinum.

A abstinência ou a fome faz repousar o órgão digestivo. Pode-se dizer que a direita evangélico-bolsonara está em contradição com a ideia da fartura do povo brasileiro acenada pelo folclore.

Viva a fartura que a miséria ninguém atura.

O intelectual sambista Ney Lopes encarna o povo fluminense, e não o Bishop capitalista Edir Macedo. A Igreja Universal do Reino de Deus é uma corporation multinacional. Importou dos Estados Unidos a teologia pentecostal da prosperidade depois de ter sido criada numa loja funerária em 1973 na Aveninda Suburbana.

Coincidência espantosa é que Edir Macedo com 17 anos foi contratado como servente da loteria do Estado da Guanabara. Loteria não deixa de ser a religião do dinheiro. Seu padrinho: Carlos Lacerda. Este é o político que está na base de toda a direita carioca, conforme informou Gunder Frank.

Carlos Lacerda na política e Roberto Campos na economia, os dois ilustres golpistas de 1964.
Edir Macedo com a sua televisão é responsável pela decadência psíquica e cultural das camadas pobres e oprimidas.

Umbanda é a religião brasileira com cabloco e preto velho, orixá, voduns, Cosme e Damião, os gêmeos oferecendo comidas, bebidas e doces. Caruru de Ibêji é a iguaria condenada pelos cultos evangélicos como manifestação demoníaca.

A direita é que gosta de andar com revólver no bolso. Luís da Câmara Cascudo antecipou a loucura agressiva da mucosa gástrica de Donald Trump: a paz é um fenômeno digestivo. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

O que diria o poeta Pasolini about kit gay


Se houver apenas uma transa homossexual, isso não tira por si só o adolescente da condição heterossexual.

A tolerância em relação ao homossexual é um privilégio da elite culta. A massa popular é hostil à homossexualidade, que é um tabu engendrado pela fobia bíblica.

Pier Paolo Pasolini sublinhou a relação homossexual e política. Sua perseguição na Itália era mais de natureza política que sexual. Pasolini era marxista homossexual. Ele não fazia proselitismo sexual. É famosa sua declaração de que dois homossexuais fazendo amor é completamente diferente de um homossexual com um heterossexual. A homossexualidade é interclassista, pobre, rico e remediado. Ou senão proleta, subproleta, burguês, pequeno burguês.

Contratado a peso de dólar na Barra da Tijuca, tomando vinho branco com camarão seco, o gringo Steve Bannon sacou que o gênero, cuja discussão começou em 1975 na psicanálise dos EUA, iria dar copiosos frutos com a embromação “ideologia de gênero”.

Vamos enrolar aquele eleitorado cretino do Terceiro Mundo.

O trabalhador tem maior ojeriza que seu filho ou filha seja homossexual. As pessoas têm dificuldades de encarar a bissexualidade, por isso reprimem o homossexual. Realça-se que a bissexualidade orgânica não tem nada a ver com a psíquica. Há homossexualidade em homens viris e em mulheres de acentuada feminilidade.

O suposto “kit gay” atuou assim: o professor petista, perverso, insinua, provoca, engendra nas crianças o vício, a doença, o crime da homossexualidade.

Em termos eleitorais, de nada vale afirmar que a aversão ao homossexual mostra o temor de si mesmo pela homossexualidade.  Se a histeria anti-homossexual é reacionária, por outro lado deu-se enorme destaque para a passeata gay. Esta tornou-se um espetáculo fabricado pela indústria cultural para deixar em segundo plano a política e a luta de classes.

Cadê o proletariado reprimido sexualmente?  E as mulheres do povo privadas de amor, seja homossexual ou heterossexual? Fato é que não foi didatizada a contento a bissexualidade orgânica do ser humano.

Para o capitão que se apresentou viril e destemido, a homossexualidade é forjada nas escolas sob a influência de mestres degenerados pela “ideologia de gênero”. O surpreendente é que isso contribuiu para definir o resultado das eleições. O “kit gay”, além de petista, é travestismo. Os bolsonarianos identificaram petista com pederasta.

Goethe dizia que a pederastia é tão velha quanto a humanidade. Absurdo seria ver na câmara dos deputados uma campanha dirigida pela Janaina Pascoal reivindicando a extirpação cirúrgica da homossexualidade.

A psicanálise nos informou que as glândulas sexuais são condicionadas por questões psíquicas. Na maioria das vezes o homossexual é tido com um sujeito anômalo que se rebela contra o que é natural. O amor homossexual é o amor pelo amor.  É amar sem procriar, por isso é perseguido, por ser um amor anti-bíblia.

Afinal, há que se perguntar o que é a mulher bolsonaro. Terá ela ódio ao peito da mãe? O que quer uma mulher bolsonaro? Como caracterizar a mulher evangélica dentre todas as mulheres? Trata-se de um útero específico? A mulher bolsonaro parece não admitir que haja dominação do macho sobre a mulher nem que exista família patriarcal, tampouco ela se vê explorada na sociedade capitalista.

A mulher bolsonaro não está nem aí para a existência do trabalho doméstico não pago feito pelas mulheres. A mulher bolsonaro é despolitizada em seu corpo e alma. Ela não se envergonha de si ou é uma tremenda sadomasoca? Simbolicamente o que significa para a mulher bolsonaro o pênis bolsonaro? Não é de menor importância saber o que significa psiquicamente para ela o que seja o pênis bolsonaro.

Há muitos psicanalistas que encontram dificuldade em explicar o amor homossexual. Por que a homossexualidade tem sido tão perseguida? A homossexualidade masculina é mais proibida que a feminina. Esta é tolerada em função do olhar macho, cada vez mais fetichizado nas propagandas comerciais. 

A luta contra a homossexualidade começa com o judaísmo. Monoteísmo se confunde com monossexualidade. A Bíblia é hostil ao amor homossexual porque nele está ausente a procriação.

Na Grécia  era permitida e incentivada a homossexualidade, a não ser entre os escravos. Depois a Igreja Católica proibiu o amor entre pessoas do mesmo sexo.

É uma questão sexual o jejum em todas as religiões. O devoto evangélico homenageia o jeju, mas abomina a caridade. O jejum é egoico. O meu barato, o lance de todo religioso, é querer ir sozinho para o céu. Ganhar na loteria só para si. Lembro que Edir Macedo teve seu primeiro emprego numa lotérica. Foi aí que desabrochou a sua vocação videofinanceira abençoada por Deus.

Em todos os cultos o jejum desempenha a função de honrar o divino. O diabo não deixa de ser um fenômeno gastrodigestivo que envolve diarréia e prisão de ventre.

Depois de comer uma feijoada ninguém quer fazer guerra. Nem o Steve Bannon espiroqueta ketyxupi que comeu BigMac no Donald Trump.

É repugnante a língua portuguesa, falada e ouvida, nas igrejas evangélicas ensurdecedoras.

Os psicanalistas húngaros, como é o caso de Sándor Ferenczi, que foi marxista e admirado por Sigmund Freud, diziam que na infância tinha início a relação do falar com o defecar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

What’s Prolebolsonariat?

Foto: cena do filme Armide (Lully) - Godard

Emergente Barra da Tijuca à beira-mar, condomínio kitschnouveauriche, automóvel black SUV, devotos fazendo vigílias sertanejas universitárias.

Mito! Mito! Mito!

A palavra “mito” diz que vem de “parmito” a designar um tabaréu alto e magro.

Linguajar agressivo como está ocorrendo em todo direita mundial. Que Lula apodreça na cadeia, logo será a vez de Haddad. Toda a esquerda banida do país. Ou sai ou é encarcerada. Suspeita-se que esse palavreado baixo nível seja teatro bonapartista e rentista.

É de Leon Trotsky, então com vinte e poucos anos de idade, a expressão parasitenproletariat a respeito de Friedrich Nietzsche que tinha acabado de falecer em 1900.

Parasitenproletariat é quem vive às expensas da sociedade. Ave de rapina. É o individualismo financeiro que despreza a massa e odeia qualquer tipo de assistencialismo ao fraco. Eis a frase de Nietzsche: nada é verdade e tudo é permitido.

Os comunistas estão ameaçados. O problema é que no eixo Rio-São Paulo devem existir aproximadamente cinco comunistas. Vasculhem as bibliotecas das Faculdades de Ciências Sociais. Vejam quantos autores marxistas existem por lá. Se muito, uns vinte gatos pingados.

Outros ameaçados são os catimbozeiros, os raizeiros, os umbandistas, os macumbeiros tidos como adversários a serem abatidos pelos gendarmes armados da Assembléia e Reino de Deus.

Vamos passar fogo nesta cambada supersticiosa estudada pelo folclore de Luis da Câmara Cascudo.

Os homossexuais, menos os ricos que os pobres, terão de comer o pão que o diabo amassou. Para os psicanalistas o desafio é saber como funciona a libido clérico-estupradora.

Na Câmara dos Deputados a advogada Janaína (alma feminina de Jair) é uma star histérica à Frederico Fellini sobre o capitalismo cyberzapy financeiro.

O que amedronta é a intolerância totalitária quanto ao “diferente”. O truculento Trump é menino de colo.

Os evangecos defendem a família e a propriedade, quer dizer, Deus, pátria e família. Os evangecos defendem mais a propriedade privada do que a família.

A propriedade privada é sagrada. Origina-se daí o tesão pelo revólver. Este é o pênis do capitalista judaico-cristão adorado por Steve Bannon enchendo a cara de vinho branco na Malásia e preparando algum algoritmo da maldade.

O cristão Jair fundamentalista foi batizado em 2016, Israel, onde bate o seu venerando coração sionista.

A população de saco cheio não é capaz no entanto de diagnosticar o mal-estar da civilização brasileira. O candidato machão com a retórica anti-sistema dá votos.

A gauchada prefere Hitler a Leonel Brizola.

Em Joaçaba Benito Mussolini é amado, não Rogério Sganzerla.

O inconsciente genocida medra sem constrangimento. Canudos. Guerra do Paraguai. Contestado.

No Instituto Millenium, amálgama de latinório com sangue escravo Liverpool, vestido de terno e gravata, Antônio das Mortes videoconferencia no celularaifone: é preciso eliminar 200 mil pobres e miseráveis numa democracia decente.

Peçam esclarecimento a um jornalista idôneo como Sérgio Dávila. A “imprensa burguesa”, como dizia ironicamente Otávio Frias Filho, a quem Claudio Abramo e eu lançamos no periodismo, entrevera-se com o presidente mimado pelo capital financeiro, Goldman Sachs, Santander, Ambev.

Iria meu amigo Claudio Abramo rir um bocado com o cotejo: a Folha de São Paulo para o Jair parasitenproletariat é o Iskra bolchevique.
Hasta cuando?

Maria Cristina Frias precisa se inteirar de que a Folha de São Paulo vai vender mais jornal e ganhar mais dinheiro se permanecer na oposição, não obstante os vagidos e balbucios crematísticos da Avenida Kansas Paulista.

Eu não vejo há 15 anos ninguém do meu círculo de amizade indo à banca de revista comprar a Folha de São Paulo. Isso diz muita coisa neste melancólico cenário decadente do periodismo brasileiro.


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Evangelical Gun Caridade Não Está Como Nada



A Igreja converte Cristo em valor de troca, ou seja, a fé é dinheiro. Todo fundador de Igreja, seja ele qual for, lembra SãoPaulo: gestor, burocrata, empreendedor. Dir-se-ia uma mistura de Edir e João Doria. São Paulo era um esquizofrênico, um neurótico submetido à dualidade: santo e padre, gênio e corrupto. O Vaticano não sacou na década de 60 que das 3 virtudes teologais a melhor era a caridade, não a fé nem a esperança.

O evangélico odeia a caridade porque essa virtude colide como   caráter   egoico   de   salvar-se   pelo  dinheiro   que   despreza   o sentimento de amor para com os pobres. O   barão   da   mídia   é  indissociável   do   Bishop   pregador   da esperança.

Adolf Hitler, que poderia ser um excelente pastor, não tinha nada a ver com caridade, e sim com a esperança e a fé. A   enorme   expansão   evangélica   é   o   resultado   do   caráter rentista e especulativo do atual capitalismo monopolista. Quando se abre uma igreja, adeus religião. Cada crente tem o seu Deus. É o Deus dele que não tem nada a ver com o meu. Então, o Deus é meu, pertence a mim, é minha propriedade. Deus é meu. Não é também Deus nosso. É Deus meu.

A igreja Universal do Reino de Deus é entusiasta de Israel. Vide no Rio de Janeiro o prefeito Crivella, que é um talentoso cantorsionista.

De Rockefeller a Henrique Meirelles o  desejo recôndito da filantropia   é   matar   todos   os   pobres,  que   são   os   verdadeiros responsáveis e causadores da pobreza. Invenção  típica  do  sistema  capitalista,   o  crédito  pressupõe que   o   homem   correto   é   aquele   que   paga.   Aí   está   no   fundo   o julgamento sobre a moralidade. Um homem rico dá crédito a um homem pobre supondo que este irá pagá-lo porque é um homem decente, e não um vagabundo sem vergonha e desonesto que não merece confiança.

Os   clérigos   e   os   magistrados   usam   palavras   pomposas   e pensamentos rasteiros. Basta perguntar para o volúvel e vaidoso Sérgio Moro se acredita ser a cadeia uma casa de correção moral.

- Doutor, aqui para nós, o senhor acha mesmo que a punição é capaz de melhorar o mundo?

O   direito   pop   do   Batman   de   Curitiba   é   o   direito   à desigualdade. Independentemente de Lula ter sido posto na masmorra, sabemos que todo julgamento é político, porque toda lei, em sua origem, é política. Juiz imparcial é mistificação.

No frasear do povo, cabeça de juiz é que nem coice de mula, ninguém sabe para onde vai. Sabe-se sim: vai é para o lado dos ricos e dos poderosos.

O que o crente preza é a fé, a fidúcia, a quem ou de quem se fia. Crédito origina-se da palavra crer, acreditar. O   instituto   de   crédito   por   excelência   é   o   banco.   Não   há diferença   entre   banco   e   igreja   evangélica.   O   credo   de   ambos, pastor e banqueiro, é menos Deus que grana. Pier Paolo Pasolini advertiu e não foi ouvido pelo Vaticano na década de 60: das três virtudes teologais a melhor é a caridade, não é a fé nem a esperança. Nazismo era fé e esperança, não existia caridade. Esta foi substituída pelo crédito: se quiser pode passar o cartão. Crédito ou débito.

O poeta Pasolini, o novo Dante da Itália, atacou São Paulo por ter fundado uma igreja, não uma religião. Fundou uma instituição, não uma mística. Misticismo e clericalismo não são a mesma coisa. A direita provém  da  organização  clerical.  Nada pior que um  fundador de igreja.

São Paulo era um esquizofrênico, um neurótico submetido à dualidade: santo e padre, gênio e corrupto. É falso afirmar que o problema dos últimos 10 anos consiste na politização da justiça. O   tudo   por   dinheiro   de   Silvio  Santos   não   é   diferente   da escandalosa telenovelização do judiciário, ainda que Sérgio Moro não seja Tarcísio Meira. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Siamo Tutti Perdonati Cacá Jabor FHC Merval Sadi Leitão Camarotti d’Ávila



O bolsonarismo é a financeirização da economia e o aviltamento da democracia.

O egípcio Samir Amim, há pouco falecido, chamou atenção para o perigo do fascismo em escala mundial.

A explicação da façanha bolsonariana é mais difícil de ser feita do que a saga de Collor.  Estamos vivendo a preeminência anacolútica da fala boçalizada do pastor evangélico fazendo a cabeça dos pobres coitados remediados.

Fernando Collor reportava-se ao marajá como causa primordial da miséria da pátria. Era o funcionário público demonizado na esfera política do Estado e da sociedade civil, enquanto Bolsonaro não faz menção ao regime econômico. Será verdade ou verossimilhança que o caucásico Paulo Guedes, devoto de Augusto Pinochet e amiguinho de mister Bannon, declarou ser analfabeto em economia?

Neste 2018 inauguramos a candidatura psicótica com jejum e castidade. É o retorno ao pior do medievo, embora o Brasil nunca tivesse tido Idade Média.

Desprovido de gramática, o capitão fala da continência dos instintos para se atingir a felicidade e ir direto para o céu. Da família a Deus.

Originário do interior de São Paulo, caipira da região de Campinas, ele se fez político no Rio de Janeiro, cidade pentecostal seduzida pelos pegureiros evangélicos cada vez mais ruidosos, trinta anos depois de Leonel Brizola.

A rede Globo foi conivente com o descenso psíquico e cultural do Rio de Janeiro. Os amigos de Glauber Rocha, Cacá Diegues e Arnaldo Jabor, há muito não têm merecido elogios, mas agora tomaram tino diante da ameaça gangsterística.

E os filhos de Roberto Marinho? Nada. Os jornalistas da Globo News são todos lacaios e submissos.

Baixaria intelectual. Falam tudo errado com ignorância petulante. Cito Merval Pereira que identifica fascismo com comunismo.

Vai estudar, Merval.

Eu pressinto uma autofagia masoquista da TV Globo, que continua sendo inimiga de Leonel Brizola. Este um dia ponderou: “desastre para o Brasil se a Globo vender sua televisão para proprietários estrangeiros”. Reacionária, inimiga do trabalhismo, a favor da dominação externa e colonial, mas vendê-la seria muito pior, advertiu o grande caudilho do trabalhismo. Por isso não deixou de ir ao enterro do barão Roberto Marinho. A TV Globo, propriedade estrangeira, iria antecipar o triunvirato Bolsonaro, Edir Macedo e Murdoch.

Quem foi o responsável pela subida do Jair?

O PT tem responsabilidade?

Tem.

O PSDB tem responsabilidade?

Tem.

Todos os partidos políticos têm responsabilidade.

O povo acha que o dinheiro na cueca corrompida é o maior de nossos males, mas não o é.

O PT desmoralizou a capacidade revolucionária da classe operária.

Bolsonaro fala asneiras contra o socialismo e contra a Venezuela. Toda mundo ficou quietinho. Voltou o mar de lama de Getúlio Vargas vilipendiado pela UDN lacerdista.

Vejo-me, por circunstâncias objetivas alheias à minha vontade, elogiando Fernando Henrique Cardoso, Cacá Diegues e Arnaldo Jabor, que adubaram o irracionalismo antipetista.

A direita se concilia com a esquerda que, por seu turno, perdoa-a. É o eterno retorno da churrascada canalha.

A entropia violenta de Bolsonaro é o fim da harmonia civil de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes.

O fascismo surge na sociedade civil antes de tomar o Estado, ou seja, é o desejo cidadania de um Estado fascista.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Fascismo Kitsch condomínio da Tijuca


Cena do filme de Stanley Kubrick, Nascido para Matar

Agora a vez e a hora é a oposição ao bolsonarismo, tendo em mira que pela primeira vez depois da “abertura” o marxismo surge como adversário.

O “vai para Cuba” reatualiza o “ame ou deixe-o”.

Quem nunca antes ouviu falar em Carlos Marx e Frederico Engels, está ouvindo pela primeira vez. Ironia à parte, Bolsonero está divulgando o marxismo. A juventude pergunta: que bicho papão é esse? O irracionalismo em primeiro plano se fará pela repressão policial contra os intelectuais, os professores e as universidades.

O anti-intelectualismo será um dos traços essenciais da era Bolsonaro contra os direitos dos trabalhadores.

Paulo Guedes, o Chicago Boy banqueiro, não vai melhorar a situação das camadas populares.

Paulo Guedes (poderia ser Gustavo Franco da Garça’s House filiado ao Robertocampismo) é o banqueiro ditando para o capitão Jair o roteiro multinacional.

Ok ok ok ok ok ok.

Nenhuma novidade em relação às políticas econômicas anteriores. Vamos aprofundar a privatização.

Capitalismo de fisionomia desumana. Quanto ao bolsonapartismo ninguém pode precisar como será sua permanência no poder. Sarney vaticinou seis meses, vaticínio feito antes de sua filha, Roseana, ter bolsonado no Maranhão.

Cogita-se de um general Heleno para conter o esfalecimento da nação. O problema nas Forças Armadas é o repúdio entreguista contra Ernesto Geisel.

Haverá os intelectuais aduladores recitando os dias felizes em que o capitão lia as obras completas de Oscar Wilde.

O discurso segue o ritmo de parada militar com palavra de ordem. Discurso curto, incisivo para ser seguido sem pestanejar.

Marcha, soldado. Marcha, hermano evangélico.

Sir, yes, Sir.

Lembra a prosódia do filme de Stanley Kubrick Nascido para Matar.

Os herdeiros de Roberto Marinho já estão preparando a venda da TV Globo para Rupert Murdoch, talvez Edir Macedo.

Os filhos do doutor Marinho vão viver de renda em Miami. A jornalística Globo News sabe que inexiste “perigo cultural marxista”. Tampouco o Presidente acredita nisso. Está blefando, nem sabe o que significa marxismo, e muito menos cultural.

É arriscado esperar por uma entropia evangélica com a morte de Edir Macedo e o bafafá em torno de sua sucessão. Fato é que a mutação antropológica do homem brasileiro já está em curso. A cabeça evangélica foi preparada pela vacuidade telenovelística.

Repitamos com Pier Paolo Pasolini que denunciou a alma clérico-fascista. Estamos todos em perigo. Da ameaça à perseguição.

Na Itália o fascismo foi a idade do Kitsch. Há que se indagar sobre a estrutura lingüística e mental do bolsonarismo em que não há pietá, nenhum signo de compaixão. Em sua superestrutura psíquica o que prepondera é menos o desejo do que a aversão.

No dia da vitória eleitoral, acompanhada de um espalhafatoso pastor, o próximo chefe de Estado revira os olhos para o céu como um devoto em transe evangelical gun. Claro que isso tudo de mentirinha fazendo cena jogando para a plateia.

A difusão do medo foi uma estratégia eleitoral. Porrada, agressão, xingamento. Dando impressão de valentia, que é muitas vezes um jeito de esconder o temor.

Como é que uma coisa que não é nova pode ser tomada como novidade? O liberal Augusto Pinochet no Chile veio depois do golpe privatizante de 1964 consolidando institucionalmente o domínio das multinacionais no país.

A indústria da arma de fogo foi a primeira corporação moderna do capitalismo.

Cadê o Golbery do Jair?

Nem o fifósofo Olavo lava-égua será capaz de aceitar o papel de sub-Bannon da escatologia reacionária judaico-cristã.

Abaixo o Islã.

Abaixo o Manifesto do Partido Comunista.

Não esqueçam que a Câmara dos Deputados viciou o Jair na preguiça style. Duas décadas com deputança maré mansa.

Ainda que haja precedente (lembrem-se de Collor pop Rambo), não deixa de ser um produto recente com judiciário telenovelizado, motoca funkevangélica e programa de auditório, cujo star é Sergio Moro, o patético juiz de terninho apertado Superman grã-fino.

Se a família mata a família, como diz a psicanálise dialética, então é preciso tomar cuidado: somos vítimas de nossas virtudes familiares.