quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Nuestro Cyro desencana de mister Unger que não é Uber de Harvard



Brizola   deu   um   puxão   de   orelha   no   Roberto Mangabeira Unger: caro professor, a política é briga de foice no escuro.   Claro   que   Mangabeira   entendeu   a   metáfora.

Desembarcando por aqui com intercadência trazendo uma teoria mirabolante a fim de prová-la ou testá-la na prática. Só que o país poderia ser qualquer um nessa teoria abstrata. Em   todos   os   seus  escritos   é   tênue   a   referência   ao imperialismo   norte-americano.   Quase   inexistente. 

Não   nos deparamos com a importância dada por Leonel Brizola à Carta Testamento de Getúlio Vargas. Mangabeira parece não gostar de autores brasileiros, que nunca são citados por ele. A solução para os   nossos   problemas   encontra-se   nos   autores   estrangeiros.   O esnobismo   fátuo. 

O   currículo   colonial   de   Harvard. 

Ciro   Gomes pegou   carona   no   “desenvolvimentismo”   e,   querendo   ou   não, descartou Gunder Frank e Leonel Brizola. É que sob o regime das perdas   internacionais   o   que   desenvolve   é   o   um   por   cento desenvolvido.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Antônio Guedes - Vento de Liberdade


Nesse trabalho produzido por Gilberto Felisberto Vasconcellos e Guilherme Gravina, uma homenagem a Antônio Guedes, extraordinário professor de geografia, cosmólogo e marxista. Viveu a luta contra a ditadura, foi preso e torturado. Morreu em 2010, sempre apontado o rumo da revolução.

A narrativa guevarista é  um tributo a esse homem que viveu em Cuba e era apaixonado pela revolução cubana.


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Marxismo Tucano ou Maucaratísmogranfino


O marxismo tucano se gaba de ler e reler Karl Marx e, cada vez mais sem o menor pudor, hacer l’amour com o capital.

É que nos fundos do hotel 5 estrelas do PSDB quem não tem dinheiro não tem razão.

O marxismo tucano, patriarcal e misógino, não consegue se livrar do mau hálito metafísico.

Para o marxismo tucano o melhor dos mundos possíveis é o capitalismo.

O marxismo tucano, do ponto de vista historiográfico, é uma mistura de Editora Abril com Almanaque Capivarol.

O marxismo tucano, vazado na mais elevada subliteratura, choraminga a pátria sepultada n’alma mas, vendepatria no bolso, privatiza até o pirulito.

O marxismo tucano, católico na missa e protestante no banco, almeja embranquecer o samba.

O marxismo tucano odeia Oswald de Andrade por ter dito que Oliveira Vianna, o único sociólogo negro no Brasil, era racista.

O marxismo tucano nega que haja centro e periferia. O tio-avô de John Lennon enriqueceu com as pepitas de Minas Gerais enquanto Ismael Silva se fodeu.

Para o marxismo tucano o imperialismo é uma categoria teórica idiota inventada por Lenin.

O marxismo tucano faz vista grossa ao roubo da expropriação Rothschild-Rockfeller.

O marxismo tucano é um oximoro sem pé e, sobretudo, sem cabeça. Enfim, ou se é marxista ou tucano.


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Leonel Brizola, a História e o Historiador




Produção da Kivideobiopsicomassafolk, de Gilberto Vasconcellos, na qual ele fala sobre o novo livro que está escrevendo. Um trabalho sobre Leonel Brizola e a História.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

PsicosE U Atizapi después de la telenovela




Não deveríamos ficar apenas deprimidos, perder a argúcia analítica, e sim buscar a gênese deste infortúnio coletivo, que possui racionalidade histórica, não obstante o irracionalismo do fenômeno Jair Bolsonaro. Por que aconteceu isso? Lembro a escola de Frankfurt e de todos os revolucionários marxistas da Europa dos anos 20 e 30, notadamente Leon Trotsky que ficaram atônitos com a vitória de Adolf Hitler.

De certo Hitler é diferente de Bolsonaro.
Bolsonazi.

Todavia, o bolsonazi não deixa de ter um efeito trágico e disruptivo para nós tal qual o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália.

Nós estamos vivendo sob uma ofensiva violenta do imperialismo que está suprimindo o patrimônio do país, porém com uma linguagem, uma ideologia, uma falcatrua baseada num exagero do espírito onde tudo é movido pelo barato místico, religioso e sobrenatural que culmina com Edir Macedo abençoando e ungindo Bolsonaro, apresentando-o a Deus.

Muito prazer. Não precisa cacifar o dízimo.

 Não sei onde e quando se dará esse encontro sobrenatural de Bolsonaro com Deus, mas no jornal A Folha Universal, que tem um milhão de assinantes, eu vejo uma foto de Bolsonaro sendo ungido pelo pastor Edir Macedo.

Em 2018 escrevi um artigo na Caros Amigos intitulado EdirJair. Deveria ser JairEdir, mas o conteúdo é o mesmo, ou seja, a base de sustentação de Jair Bolsonaro, afora as multinacionais e o imperialismo, é a boçalidade evangélica que tomou conta do país. Boçalidade essa que foi ensejada pela telenovela católica porque não há distinção sígnica entre católicos, evangélicos, protestantes; é tudo farinha do mesmo saco, todos antinacionalistas, antimarxistas e apátridas.

Não concordo que a mensagem cyberzapi tenha substituido a telenovela com a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro. Pode ter tido um efeito imediato esse irracionalismo uatizapi, com bombardeios recebidos pelo homo qualunque. Assim, o eleitor uatizapado fica comovido por alguém se lembrar dele. Que nem uma cartinha de outrora.  Todavia, eu discordo que a telenovela tenha perdido sua influência determinante na hora do brasileiro votar.

O uatizapi não traz uma narrativa do desejo, da morte, não traz o enredo do amor e do dinheiro. É um telefonema volátil e efêmero endereçado a uma coisa só, enquanto a telenovela passa seis meses por ano, é um entretenimento cotidiano sedutor com a mais-valia ideológica, dizia o poeta Ludovico Silva.

Não podemos imaginar  o que diria um Theodor Adorno vendo um capítulo uatizapi da indústria cultural, um dos principais fatores que tem obstaculizado a revolução proletária.