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Bautista Vidal - Foto: reprodução |
Estou no Rio de Janeiro toca o celular. É Ricardo Guerra, oxalá futuro editor dos livros de Bautista Vidal, na sequência do menoscabo da AEPET com o legado de Bautista Vidal.
A AEPET não quer saber o que significa civilização fotossíntese, portanto é cúmplice da catástrofe ecológica capitalista.
Os engenheiros da AEPET, alguns ex-alunos de Bautista Vidal, acham que o petróleo é a derradeira forma energética do mundo. Equívoco. Não entenderam o que é termodinâmica.
Alyne Bautista, filha e devota do mestre, depois de inteirar-se do meu artigo iracundo relatando a deplorável situação em que se encontra o legado de Bautista Vidal, quis saber a história da AEPET e sua relação com o seu pai.
A verdade, a triste verdade é que a Petrobrás e as sucessivas diretorias foram adversárias do álcool combustível e dos óleos vegetais concebidos por Bautista Vidal e Marcelo Guimarães. Agora com a multinacional Raízen se apossando de tudo, aí sim a Petrobras está se dando conta que o álcool é a necessária alternativa energética e ecológica.
A aliança Raízen-Petrobras continua hostil a Bautista Vidal se o critério for a emancipação popular e a soberania nacional do país. A mentalidade dos engenheiros alienados faz parte da fisionomia rentista do combustível fóssil é do descenso do valor de uso das coisas.
Ricardo Guerra me pergunta, pensando em uma política editorial que seja realista, se a produção energética da biomassa teria algo a ver com a clivagem histórica entre capitalismo e socialismo. Respondo que sim porque a energia vegetal se faz de maneira desconcentrada e o capitalismo é concentracionário. Destarte, meu caro, não poderá existir socialismo limpo com o combustível fóssil sujo. O socialismo é do sol. Sol + Socialismo = Solcialismo.
Basta reparar como a vida está enferma porque o capital fóssil é patógeno. Lembre-se de um kovydezenove. Outras epidemias virão por aí se não for eliminado o capital fóssil que é a causa da infecção.
A peste agrobusiness é privatizante.
A São Paulo bolsonara com água privatizada vai pegar fogo. Bautista Vidal vaticinou a ruína da Estrada de Santos desabando a qualquer momento; todavia é mister deixar claro que ele não era marxista, embora não fosse anticomunista. O mundo para ele estava dividido entre regiões intertropicais e países imperialistas sem sol. Daí a pergunta endereçada aos doutos engenheiros da AEPET raízenficada: quem tem medo do legado científico e político de Bautista Vidal?