Tanto faz cafuza morena carijó loira loirosa.
Ainda não surgiu ninguém que responde à questão: o que é verdadeiramente uma mulher bolsonara?
Não falo apenas em termos cosméticos, pois a farmácia é interclassista: há produto ruim, bom e malhado. Refiro-me ao perfil caracterológico da mulher bolsonara. Talvez tenha havido uma mutação antropológica no ser feminino com a aparição de Jair Bolsonaro.
A mulher bolsonara é aquela que demarca uma rigidez divisória entre macho e fêmea, ou seja, de um lado o homem, de outro lado a mulher, com abismo entre um e outro. Ao homem não se permite traços femininos, nem a mulher pode adquirir traços masculinos.
Quanto à família de Bolsonaro, é dispensável dizer que os filhos não parecem disputar o amor do pai. Não rivalidade nenhuma com a mãe. Em geral, na família, os filhos disputam a mãe, mas no caso de Bolsonaro o sentimento da castração não se oriunda do pai. Não é o pai que castra os filhos; aos filhos tudo é permitido, como dizia Dostoievsky a propósito da ausência de Deus.
Ainda não foi feita a marxista semiótica do Cabaré das Crianças estrelada por Xuxa até a saga da mamadeira de piroca e suas ramificações nos programas políticos. Por que cotejar o cacogênico e magérrimo Tirica com a funkeira Marilyn Monroe que está seduzindo todas as gerações e classes sociais?
Em qualquer família crente o pai é meio débil mental e a mãe uma explorada. Esta jamais será uma estrela como Anitta. A família crente olhar para a burguesia com inveja e ódio. O pastor burguês é o porta voz de Cristo. É bem possível que Tiririca veja o pastor evangélico como um chefe político a ser imitado.
Glauber Rocha ficava emputecido quando verificava que a esquerda também era fascinada pelos signos colonialistas de Hollywood.
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