quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

O Antônio das Mortes do Imperialismo


Por que chegamos nisso? A que ponto chegamos? Jair Bolsonaro foi escolhido pelo povo. Esse é o problema. Houve aí um desejo. Ou o voto é manipulado e não vale nada? O voto é dinheiro, mas é também desejo, tesão. O mesmo pesadelo se repete na Argentina. Um sujeito de costeletas nascido de um programa de auditório. Um gringo sionista. É o Antônio das Mortes do imperialismo. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos. (07.12.2023).


Milei: um espiroqueta punk

reprodução do Youtube

O que diria Jorge Abelardo Ramos sobre Milei? Ele que queria bolivarizar Marx e marxizar Bolívar. O que diria desse agente do imperialismo que só vai balcanizar ainda mais a América Latina, impedindo a Pátria Grande de existir? Não dá para subestimar o seu papel na América Latina. Comentário de Gilberto Felisberto Vaconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche. (02.12.2023). 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Yemanjá deu no pé


As mudanças climáticas estão aí, assustando todo mundo. O mar não dorme mais. Yemanjá deu no pé. Aquecimento global. O mundo pegando fogo. Bautista Vidal e Marcelo Guimarães avisaram, mas não adiantou. As cidades litorâneas vão dançar. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche (18.11.2023).

Foto: CCO - domínio público

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

A saga da biomassa


 Um dia vou fazer a saga da biomassa, essa proposta do Bautista Vidal e Marcelo Guimarães. Já escrevi alguns livros sobre o tema. E lembro que foi Getúlio Vargas quem criou em 1933 o Instituto do Açúcar e do Álcool. Ou seja, o Pró-álcool já estava lá. A cultura popular brasileira é uma expressão da biomassa. Esse é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos. Programa Campo de Peixe. (11.11.2023)

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

A televisão é um terrorismo cotidiano


 

A guerra não vem só no domínio das armas. Os homens, não as armas, é que fazem a guerra. Seus interesses econômicos, seus interesses de classe. A comunicação também faz parte da guerra, como um míssil. Então, cuidado com esta estigmatização do palestino. Cuidado com a televisão terrorista. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no programa Campo de Peixe, na Rádio Campeche. (04.11.2023)

O homem ateu não é mau

 


Silva Mello também falou sobre Israel. Escreveu um livro honesto. Fruto de uma viagem ao Oriente. Ele defende o homem ateu. Chega de céu. Vamos tratar do homem na terra. Por conta desse livro ele foi bastante criticado, porque falou que os ícones do povo de Israel são sádicos. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Campeche.


terça-feira, 17 de outubro de 2023

Somos todos palestinos


Não precisa ser esperto em Oriente Médio para saber que somos todos palestinos. Pobres do terceiro mundo, proletas. Acumulação da miséria, acumulação da dor. Palestinos do mundo uni-vos. A burguesia odeia a Palestina porque o povo resiste. Não há religião, o lance é luta de classe. Este é o comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Campeche, comandado pela jornalista Elaine Tavares. (14.10.2023)

domingo, 8 de outubro de 2023

Por que que nós somos pooooobres?


Briga do Judiciário com o Senado. Há que tomar partido porque a luta de classes existe. Nem um, nem outro vai trazer a redenção. Estamos vivendo uma ontologia do ser social bolsonaro, a despeito do Lula estar no governo. A Rede Globo segue disseminando a lógica bolsonara, incensando o Paulo Guedes. Tudo segue igual. Este é comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe da Rádio Campeche. (07.10.2023)


Viva Arrigue, marxista e peronista


Eu não sou um Orson Welles, capaz de fazer um programa que deixou todo mundo louco. Mas, não vou falar disso. Vou falar de Arrigue. E lembrar que ele disse que são as massas que fazem a revolução. Há que ter Marx na parada, mas as ideias só terão êxito que expressarem os interesses de classe e políticos. Este é comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche. (30.09.2023)

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Se a natureza pifa, pifa o homem


Calor de rachar e frio de enlouquecer. A piração da natureza. As pessoas acreditam no fim do mundo, mas não acreditam que o capitalismo vai acabar. Esse sistema que só acumula miséria. Agora, presta atenção. A natureza está dando sinais. Se pifar a natureza, pifa o homem. Daí que explorar petróleo na Amazônia é o horror. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Comunitária Campeche, comandado por Elaine Tavares. (23.09.2023)


A maré vai subir



A queima de petróleo destrói o mundo. É uma insensatez não sair dessa matriz que engole tudo. Há que lembrar que o Brasil tem a energia verde, aquilo que o Bautista Vidal já falava. Uma energia que não polui. Uma energia do socialismo, o socialismo do sol. Alô Lula, é loucura perfurar o Amazonas. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos, no programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche, comandado por Elaine Tavares. 16.09.2023 


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Do Transe ao Trans, a psicanálise do terror Bolsonaro


 Foto: Mídia Ninja

A androgenia elimina a distinção entre macho e fêmea. A senadora Damares, enlouquecida em meio aos travestis transsexuais e hermafroditas, foi escolhida a dedo por Jair Bolsonaro. Amiga dileta de sua esposa Michele devota das igrejas evangélicas.

A bolsonarização que criminaliza a homossexualidade não é diferente da psiquiatria que almeja curar a homossexualidade como doença.

A luta de classes entre burguesia e assalariados é substituída pela oposição entre gênero identitário e moral tradicional: Globo versus TV Record.

Janaina Pascoal é bolsonara antes mesmo do ex capitão pintar no pedaço. A sua encenação subteatral durante o impiti veio como epílogo. Não creio ter havido xodó erótico pelo capitão em sua identificação, e sim oportunismo eleitoral, ainda que sonhando em ter um filho como imbroxável.

Anatomia como destino e não gênero. Anatomia genital significa separação nítida entre macho e fêmea. Como classificar o rodopio carnavalesco de Janaina na Câmara a fim de lograr o impiti de Dilma? O pênis simbólico de Jair Bolsonaro já estava em sua dramaturgia ou irrompeu quando foi candidata a deputada? Não sei se no corpo de Janaina há tatuada a cara caipira de Jair como o incorruptível jeca.

Não há entre nós antecedente de uma eleição tão marcada pelo sexo como a de 2018. Despertou o moralismo na classe média e nas camadas populares. O povo é moralista nos costumes sexuais, o povo é papai-mamãe, o piupiu do papai e a xoxota da mamãe, o ativo masculino e o passivo feminino. Deus nos criou assim: homem e mulher fazendo filhos. A mulher trabalhando em casa, cuidando dos filhos e sem receber salário pelo seu trabalho.

A abordagem marxista junta-se à abordagem psicanalítica: a metáfora “mamadeira de piroca” é a morte da mãe. Matricídio. A piroca ejacula o sêmen da coca cola. Se a vagina é temida, é que nela o pênis está absorvido. Valho-me da meta psicologia freudiana para saber como e porque surgiu o desejo eleitoral em Jair Bolsonaro com a sua coprolalia baixo nível e repressiva.


quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Olha o Dark Toffoli aí


A tal da lava-jato não presta. E apesar de ser cantada em prosa e verso pela rede Globo agora está sendo apresentada por Dias Toffoli como uma armação da CIA encampada pelo judiciário. Esse Dias Toffoli foi o que quis mudar o nome de golpe de 64 para "movimento de 64", cometendo um crime semântico. Pois, onde está a genealogia do 8 de janeiro? Esse é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche. (09.09.2023)


sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Cultura popular e a mulher


Foto: Rawf8 - stock.adobe.com

A verdadeira cultura brasileira reside no popular. Está na maneira do povo agir e pensar. Daí o que está me intrigando no momento é essa matança indiscriminada de mulheres. A violência contra elas que tem aumentado demais nas últimas décadas. Talvez tenha havido uma mutação na família ou na relação entre os homens e mulheres. É isso que estou pesquisando agora. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos para o programa Campo de Peixe, na Rádio Campeche (09.09.2023).


domingo, 3 de setembro de 2023

A propina está na história do Brasil


A história mostra como a corrupção aparece em momentos chaves do país. Os jornalistas falam dos pequenos roubos mas não discutem o grande roubo, a grande corrupção. Ora, no capitalismo dependente é permanente o roubo do trabalho e da natureza. O comércio é trapaça e nascemos sob esse signo. Esse é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche, em 26.08.2023.

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

A política virou uma imensa delegacia de polícia


Que diabo vem a ser narrativa? Não aguento mais ouvir essa palavra usada sem que se leve em conta o verdadeiro sentido. Narrativa virou sinônimo de opinião pessoal ou mentira e não se entende nada. É a babel do vocábulo impróprio. A política vira uma imensa delegacia de polícia e deixa de ser o campo da luta de classe. Esse é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos, no programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche, conduzido pela jornalista Elaine Tavares. (19.08.2023)


sábado, 19 de agosto de 2023

O capitalismo é antiecológico


Foto: Iberê Périssé / Projeto Solos

O pesticida é veneno e dá câncer. A burguesia nunca terá problema em decidir entre o pé de couve e o banco. Não existe capitalismo verde nem ecologia de mercado. E nenhum estrago ambiental tem causas naturais. O capitalismo é antiecológico por natureza. Tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche. (29.07.2023)


sexta-feira, 21 de julho de 2023

O pessoal é político


Volto ao Brizola. Foi o Golbery quem cortou a sigla PDT do Brizola para deixá-lo órfão político. Foi uma jogada diabólica que obrigou Brizola a criar outro partido, o PDT. E isso não foi coisa fácil para um homem que chegava do exílio. Golbery dava risada enquanto Brizola chorava. Hoje o trabalhismo está na mão de um miliciano bolsonarista. Brizola fracassou, não conseguiu chegar ao poder. Esse é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche, comandado pela jornalista Elaine Tavares. (15.07.2023).


Zé Celso e a fisicalidade do teatro

 


Criminosa privatização da água está sendo cogitada pelo bolsoneco prefeito de São Paulo. Isso poderá provocar um incêndio monstro em São Paulo. Eu pensava nisso quando soube da morte do meu amigo José Celso, queimado. Eu senti nisso o prelúdio da São Paulo Pegando fogo... Zé Celso foi o primeiro a colocar o Oswald de Andrade no teatro. Ele gosta de Getúlio, Jango e Brizola. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche, conduzido pela jornalista Elaine Tavares. (08.07.2023)


quinta-feira, 13 de julho de 2023

A TV e a luta de classes


Foto: reprodução do Youtube

Lembra-me que causou indignação, ainda que superficial e cínica, uma moça sendo estuprada em tempo real no programa Big Brother. A igreja ficou chocada, o judiciário ficou chocado, o parlamento ficou chocado.

Que horror!

Já ouvi o povo chamar o programa de Big Pênis. O problema é que essa reação é pontual, a indignação não atinge a televisão como um todo. Ora, é pelo todo que se fisga a verdade, dizia o filósofo Hegel.

A televisão é um sistema de signos estruturada na corrupção. Digo estupro na acepção de sujar, maltratar e corromper. Não é preciso mostrar ao pé da letra o estupro, porque o telespectador é estuprado todos os dias pela televisão.

O estupro é o sadismo desejado pelos telespectadores masoquistas. O estupro é sem culpa. A marca da impotência do macho burro se narcisa pelo escândalo da fama. Com fama e dinheiro todos são estupradores virtuais. Ratinho. Jabor. Jô. Gentili, ainda que não os sejam na vida real.

O Big Brother Body parece Saló, a República capitalista pornô filmada por Pier Paolo Pasolini sobre a Itália fascista. As mulheres com pênis penetram o ânus dos homens malhados e sarados. Todos são culpados na carne e no espírito. A vítima se julga feliz. A repetição, a litania, o mesmo esquema do conformismo e da apatia.

Com o Big Zoiúdo a câmera é a da vigilância como a de Guantánamo. O regime carcerário. A tortura como sedução bolsonara.

A desgraçada e humilhante situação da mulher. Antes da infância e puberdade a menina foi plasmada pelo cabaré das crianças. Dir-se-ia que a Xuxa foi o Platão da meninada. Fora da televisão é a rapidez do coito dos oprimidos que não tem ócio por causa do regime de trabalho. A telenovela é uma jornada de trabalho de oito horas.

Luta de classes, molecada.


O que é um sistema de signos? O sistema de signos é a interação das partes que se juntam, daí a telenovela aglutinando-os. O bigodinho do Merval, o dedo do Jô, a boca da Janaína Pasca compõem um quadro indivisível.


As estrelas luxuosas da televisão não são a classe dominante da sociedade brasileira. A telenovela é uma patologia social psíquica (e amor) que deve ser suprimida por uma revolução socialista.


A esquerda brasileira que não estuda Marx considera a telenovela uma esfera do ócio (consumo), e não da produção. A burguesia industrial e comercial (inclusive financeira) é uma burguesia de telenovela em seu ânimo vital.


Que direito tenho eu de considerar a telenovela um câncer se todo mundo na sociedade a venera?

Se por acaso nas ruas eu pichar as telenovelas nas paredes, seguramente serei linchado.

A hegemonia cultural da telenovela é aceita e incontestada em todos os níveis da sociedade. Da favela à universidade, do estádio de futebol à Academia Brasileira de Letras, do parlamento à igreja.


Qual é a ideologia dominante hoje no Brasil? A da multinacional? A da burguesia bandeirante? A da burguesia imobiliária carioca? A da sertaneja agronegócio?


Os pobres virtuais da telenovela inspiram piedade, ao contrário dos pobres reais.


A ideologia da televisão abrange as Forças Armadas.

terça-feira, 4 de julho de 2023

O silêncio machão das feministas diante da violência cometida contra Jullyene Lins ex-mulher de Arthur Lira


Há nas ciências sociais, desde quando foi publicada a investigação nos EUA sobre a Personalidade Autoritária (1954), de Adorno e Horkheimer, o desafio em analisar a interconexão entre os processos sociais e as estruturas psicológicas.

Mais tarde avulta a noção de “gênero” na psicanálise junto com a de classe que marcou os estudos sobre a mulher na década de 70, alguns dos quais retornando o Etnological Notes de Karl Marx e A Origem da Família e da Propriedade de Engels. Neles sobressaíam a questão do direito materno e a história da opressão da mulher, dentro e fora da família. 

Nas últimas décadas explodiu de maneira dramática a violência física e verbal contra o gênero feminino que está a exigir explicação das ciências sociais. E, nesse aspecto, há que se valer da contribuição de nossos autores, alguns antigos como Pandiá Calógeras e modernos como Darcy Ribeiro, no que concerne ao papel da mãe em uma sociedade patriarcal e de passado escravocrata.

Diga-se da mãe sinônimo de mulher em geral, incluindo o que é mentalizado na cultura popular, e se teria havido uma espécie de mutação na estrutura familiar, violência não só da parte do marido, e sim do filho e da filha. Estou me referindo à matança da mãe, real e simbólica. Impõe-se aqui fazer um recorte cronológico, ainda que sem demarcar as datas exatas quanto ao processo de desqualificação da mulher.

Uma vez mapeado o problema sobre as causas do matricídio, lança-se a hipótese do nexo entre tal fenômeno e a emergência de Jair Bolsonaro. Com isso amplia-se a compreensão de sua vitória eleitoral (2018), indo além dos fatores apontados pela crónica jornalística. 

Em uma de suas cartas a Karl Marx, Friedrich Engels escreveu que Charles Fourier antecipou Lewis Henry Morgan acerca da equidade dos sexos, mencionando “matertarae filia”, patrimonium = poder patriarcal, inclusive a importância do nascimento das crianças.

O progresso da família é medido pela liberdade da mulher. Etnological Notes. De 1880 a 1980 Marx reviu toda a etnologia publicada até então. Morreu um ano depois em 1983. Teve a sorte de nunca ter ouvido falar no machildo bolsoneco Arthur Lira que governa o Brasil de Lula. 


 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Do jeito que tá não dá


Aquecimento global. Que cimento grobá? Pergunta Guilherme Gravina. A maré tá subindo. As águas dos mares estão cada vez mais ácidas, por causa da queima do petróleo. Os oceanos estão esquentados! E as cidades litorâneas podem submergir, de Floripa a Madagascar. E nenhuma tecnologia vai salvar o planeta. Há que parar com o petróleo. Assim como tá não dá. Tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche, comandado pela jornalista Elaine Tavares. (24.06)

quinta-feira, 22 de junho de 2023

A CPI do MST e as mulheres


Deputada Sâmia Bomfim, do Psol

A CPI do MST é indecente e absurda, criada por políticos bancados pelos fazendeiros multinacionais. Porque a terra não é mais de deus nem do diabo, é do dólar. São os deputados da casa grande que atacam a vida e que também atacam, dentro da CPI, as mulheres. Mas, o povo está sacando a jogada deles e essas mulheres que estão lá, lutando pelo MST, serão o futuro desse país. Será o fim desses "machildos", funcionários do agronegócio. O que se vê é que a Câmara dos bolsonecos está em guerra com as mulheres. É o "mamacídio" em curso, um sadismo cruel contra as mulheres. mas, elas virarão o jogo. "Mulheres, uni-vos contra o pênis sem ternura". Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Campeche, conduzido pela jornalista Elaine Tavares. (17.06.2023)

Viva Bautista Vidal


Bautista está na linha de Einstein. Conhecia verdadeiramente a energia. Inventou o Pró-álcool para combater a lógica do petróleo. Porque o petróleo acaba e não adianta buscar esse óleo negro na casa do chapéu. É algo que já fez muito mal para o planeta. Por conta dele temos a comida envenenada, o coronavírus, e o seio da mãe secando. Bautista sabia o poder dos trópicos mas nunca foi ouvido pela burguesia que está no poder. Ele também sabia que o país que tem o sol, tem tudo e não aprovaria essa violência de buscar petróleo na Amazônia. Esse é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche, conduzido pela jornalista Elaine Tavares. (10.06.2023)

terça-feira, 13 de junho de 2023

A cultura brasileira


Conferência do sociólogo e professor Gilberto Felisberto Vasconcellos no Primeiro Encontro de Estudos Brasileiros, promovido pelo IELA em 30 de abril de 2023.


Nosso barato não é o petróleo


Foto: Viktor Veres/AFP/VEJA

Há um nexo entre a Petrobras e o roubo das terras indígenas, tudo a mando dos graúdos de Wall Street, com o apoio do agrobussines nacional. Agora vem ainda o petróleo do Lula, para violentar ainda mais a Amazônia. Não é possível separar o aspecto técnico da política. Isso seria o fim. Há que rememorar ao Lula sobre Bautista Vidal e Marcelo Guimarães. Nosso barato não é o petróleo. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. 

(03.06.2023)

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Por uma Floripa ateniense


Queria muito que a Elaine Tavares fosse prefeita de Floripa. Uma Floripa ateniense, um jardim das delícias de Epicuro, filósofo sobre o qual escreveu Marx. Há que eliminar o bolsonarismo da terra de Elaine Tavares, que já foi brizolista. É preciso impedir que Floripa se torne uma Miami. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (20.05.2023)


Há uma direita popular


A vitória de Lula foi importante para o Brasil. Mas, até agora essa foi apenas uma vitória eleitoral. Falta muito para que se possa ver um vitória política. A direita é forte e é popular. Há que atuar com uma comunicação mais eficaz e não se entregar para os meios comerciais. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (13.05.2023)


Glauber, Getúlio, Goulart, Darcy, Brizola

 


              Foto do documentário de Silvio Tendler


O trabalhismo getulista insere-se no campo cultural e artístico de 1954 a 1964, o cinema novo nasce por essa época entre Salvador e Rio de Janeiro. O biógrafo João Carlos Teixeira Gomes: no dia em que Getúlio Vargas suicidou-se, Glauber Rocha aos 15 anos o pranteou na praça da Sé em Salvador.

Dentre todos os cineastas brasileiros Glauber Rocha é o mais getuliano. Declarou: “sou janguista”. Jango, o filho espiritual de Getúlio. Jango Uma Tragédia chama-se a sua peça de teatro. Em Jangarana, alusivo ao Sagarana de João Guimarães Rosa (o paralelo boiadeiro Rosa e Jango) Glauber Rocha ficou injuriado com os ataques vindos de todos os lados. Identificando-se com ele: Jango c’est moi.

Terra em Transe,1967, a queda de João Goulart é o ponto de partida para se pensar as contradições entre a civilização e a natureza no Brasil. A vitalidade da natureza dos trópicos estava em seu primeiro filme Pátio. Irá ressurgir em A Idade da Terra, no qual um samba cantado por Jamelão enaltece a figura do doutor Getúlio. O golpe imperialista em 1964 foi anti-ecológico, a nação afastou-se da natureza, a história separou-se da geografia. Em seu filme Cabeças Cortadas o Brasil é gerado em uma sociedade de senhores e de escravos; mais tarde esses senhores se aliam à cobiça imperialista, defendida pelos lacaios Juarez Távora, Eugenio Gudin, Roberto Campos e Magalhães Pinto.

A briga cinematográfica de Glauber Rocha com o censor Carlos Lacerda antecipará o golpe de 64. A censura de Carlos Lacerda ao filme Deus e o Diabo na Terra do Sol é o reflexo da UDN pró-EUA. Carlos Lacerda inimigo da Petrobras getuliana, ele é o mercenário Antônio das Mortes no filme O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, ainda que para isso não seja relevante estipendiar o quanto o ex-governador da Guanabara levou de propina da Standard Oil.

Glauber Rocha focalizou o desencontro entre getulistas e marxistas em 1954, o povo queria incendiar simultaneamente os jornais Globo de Roberto Marinho e A Classe Operária do partido comunista. Há um nexo entre a comunicação de massa e a história política, não só pela direita (Carlos Lacerda) como pela esquerda com o Samuel Weiner “rooseveltiano”, segundo o cineasta.

Entrevistada em 2005, Denise Goulart, filha do ex-presidente conta que durante o exílio no Uruguay o general Assis Brasil que tinha por insurgência segurar o esquema militar do governo deposto, fez uma visita a João Goulart e acabou sendo esbofeteado por dona Maria Tereza Goulart. Bem feito.

O MDB, depois PMDB do doutor Ulysses, queria que João Goulart e Leonel Brizola tivessem morrido no exílio.

Um aspecto de todos os exilados em 1964 Jango foi o único que não conseguiu voltar. O potiguar Djalma Maranhão também morreu de saudade no exílio de Montevidéu.

Denise evoca o dia da reconciliação, pouco antes de seu pai morrer, com Leonel Brizola. Uruguai, 1976. Eu ouvi em Montevidéu que Jango chegou inesperadamente na casa de Leonel Brizola, convidado por Neusa Goulart. Ao perceber o lance, Brizola trancou-se dentro do quanto, não queria falar com o cunhado.

D. Neusa: - Leonel, Janguinho está aqui.

Depois de alguns minutos ele sai do quarto e abraça e beija Jango. Pareciam dois namoradinhos. Assim é que se reconciliavam os velhos gaúchos.  



terça-feira, 9 de maio de 2023

O passado não deve ser esquecido

 


Não se pode tripudiar o passado. Como dizia Godart, o passado ainda está na nossa cola, é um fantasma. Digo isso porque ainda estou atônito com a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018. E também com o apagamento do passado que ele provocou. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (06.05.2023)

Cultura brasileria

 


Incumbiram-me de uma tema: a cultura brasileira. Essa coisa que está no cotidiano das pessoas. Há a cultura erudita, há a cultura da indústria popular e há a cultura popular. A vida das gentes, o que se come, o que fala e o que se sonha. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (29.04.2023)

O fascismo videofinanceiro

 


Sou como Pasolini. Queria fechar as TVs particulares, esses aparatos fascistas, destrutivos e perigosos. A TV padroniza, aliena, e está a serviço do imperialismo estadunidense. Também como Pasolini detesto a violência irracional, aquela que não está direcionada para a luta de classe. Hoje temos visto a violência sem razões. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (15.04.2023)

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Sem teoria revolucionária é retórica a revolução


Nildo Domingos Ouriques mostrou que nas últimas eleições Ciro Gomes se aproximou de Mangabeira Unger e deixou o legado trabalhista de Leonel Brizola a ver navios. Saibam quantos lerem o Cascarrabias de Joaçaba que é necessário a revolução socialista na abordagem do presente como história. A interação dialética do mediato com o imediato, que está em Hegel e Lênin, depois desenvolvida em História da Consciência de Lukàcs, não deve na latitude subdesenvolvida ser substituída pela oposição entre pobres e ricos.

O palavreado vale de lágrimas sobre a pobreza menoscaba o conceito marxista de super-exploração da força de trabalho que define, segundo Ruy Mauro Marini o conjunto da nossa vida social. Ocultar a superexploração do trabalho é a mistificação empreendedorista, quer no púlpito católico, quer na tenda pentelhocostal de Edir Macedo.

Estamos lidando com a tríade clérigo, bacharel e economista. Da primeira missa em Porto Seguro ao Lava Jato de Kurytyba. Tudo entre nós redunda na tediosa linguagem jurídica da paráfrase, cuja origem está na religião, conforme informou Karl Marx. Religião, direito e agora indústria cultural com os ancoras metidos a besta. Iniciados em conventos, os cursos jurídicos bacharelavam os filhos do latifúndio e os purificavam com água benta. Lei e “padre nosso”. E lei, como se sabe, nunca foi sinônimo de justiça. Recorde-se a lei do ventre livre.

Oswald de Andrade dizia que o câncer da cultura brasileira era a Faculdade de Direito Largo do São Francisco por onde passou imperceptível o jornalista Roberto D’Ávila que em 1989 dirigiu a campanha eleitoral de Leonel Brizola na televisão. A maior contribuição cultural da Faculdade de Direito foi o trote, segundo a bela sacada de Oswald de Andrade.

Leonel Brizola entrou na política em Porto Alegre com a carteira de identidade anticapitalista. Ao contrário de Getúlio Vargas e João Goulart, que se tornaram anti-imperialistas no decurso do tempo e de suas militâncias, Leonel Brizola em 1945 percebeu que o problema essencial do país era a dependência. Segundo Paulo Shilling, representava Leonel Brizola o nacionalismo popular revolucionário. Anti-imperialista, conforme sublinhou o trotskista Edmundo Moniz, diferente de Mario Pedrosa que, depois de passar pela Quarta Internacional em Paris, virou petista.

Segundo Leonel Brizola, informou Edmundo Moniz, não há desenvolvimento (ou melhor, progresso) para o povo sem revolução socialista. E revolução não se faz sem mudar a classe social que está no poder, de modo que burguesia industrial desenvolvimentista nunca frequentou o léxico brizolista. Edmundo Moniz, prefaciado por Nelson Werneck Sodré, filmado por Glauber Rocha, sublinhou a originalidade histórica de cada revolução, e não ficou adstrito à preocupação bizantina se LeonelBrizola leu ou não O 18 Brumário de Karl Marx.

Nildo Domingos Ouriques terá muito a ganhar assimilando a metodologia histórica de Leonel Brizola. E, para isso, convenhamos, não precisa ser correligionário de Lupi e Manoel Dias.

Depois de morto Leonel Brizola está a vagar no céu do povo e pode se materializar em algum projeto revolucionário. O PTB lhe foi surrupiado pelo general escroque Golbery em conluio com Ivete Vargas. Aí teve o líder gaúcho que dar nó em pingo d’água e criar o PDT sem base operária e com uma pequena burguesia descolarizada.

O argentino Jorge Abelardo Ramos, adolescente em Buenos Aires, chegou à concepção bolivariana da Pátria Grande com as ideias de Trotsky e de Manuel Ugarte. Considerou Leonel Brizola tão revolucionário quanto Che Guevara. É reacionário supor que haja burguesia desenvolvimentista. A Fiesp em 1964 derrubou João Goulart, segundo Gunder Frank. O papel da Fiesp foi relevante tal qual as Agulhas Negras.

Escândalo gnosiológico é afirmar que o “colonialismo mental” é quem engendra o subdesenvolvimento, segundo rezam os antimarxismos de Ciro e Mangaba. O que existe desde o século XVI é o colonialismo como realidade econômica. O colonialismo é um sistema. Destarte, é intrigante essa ênfase no “colonialismo mental” porque desde o seu livro A Alternativa Transformadora de Mangabeira inexiste a rapina na América Latina. A rapina imperialista é progressiva.

Quanto vale a Vale do Rio Doce? Era a pergunta dolorosa do geólogo Marcelo Guimarães. A Vale é que nem a mãe, não tem preço, a mãe não tem valor de troca.

Marcelo Guimarães na década de 60 cunhou a frase “minério não dá duas safras”. Governador que manejou o executivo, Ciro Gomes carece de tomar conhecimento da brasiliana brizolista, que começa com o poeta Gregório de Matos, passa por José Bonifácio, Lima Barreto, Edmund Moniz, Glauber Rocha, culminando com a escola da biomassa de Bautista Vidal.

O currículo “professor de Harvard” é um arabesco colonial que integra o idioma javanês, como dizia o escritor Lima Barreto. É colonial o tesão de Ciro Gomes pela sabença de Harvard.

O embaixador Lincoln Gordon de abjeta memória era professor de Harvard. Mangabeira em seus livros não cita nenhum autor ou militante brizolista, Paulo Schilling, Joel Rufino dos Santos, Berta Ribeiro, Zé Kéti, Arnaldo Mourthé, Oscar Niemayer, Vera Malaguti. O desprezo pelos intelectuais nativos é o reflexo de seu complexo metropolitano de superioridade.

O desenvolvimentismo manufaturado por Ciro Gomes origina-se no pacote tecnológico alienado da CEPAL.  Simon Bolívar ou Monroe? O desenvolvimentismo requentado prefere Monroe e acaba por defender o crime colonial que extirpou a população indígena. Essa atrocidade metropolitana não é diferente do capitalismo videofinanceiro, rentista e imperialista, que recapitula a ocupação colonial.

Matar índio e importar escravo – este é o ponto de partida do empreendedorismo colonial. Mangabeira Unger como toda a direita é indiferente ao que havia antes das caravelas de Cabral, onde não havia PIX e currículo Lattes.

Theotônio dos Santos e Vânia Bambina deixaram claro que o desenvolvimentismo quer modernizar o país sem autonomia nacional.

Paulo Guedes não despencou do céu.

Eu não tenho birra pessoal com Mangabeira Unger, talvez até tenha de ajoelhar-me ao milho por ter nele votado para deputado federal pelo PDT do Rio de Janeiro. Leonel Brizola o apoiou e nós, devotos militantes, fomos na onda. Erramos.

A mim me passou despercebido que o guru de Ciro Gomes fazia plagiato de Gunder Frank, substituindo-o com terminologia astuciosa (sem citá-lo) por Jacques Lambert, o sociólogo francês pelo qual Florestan Fernandes morria de amores com a teoria do dualismo sobre o atraso.

Gunder Frank foi sabotado e apagado pelo panteão petucano da USP e PUC carioca, assim como tiraram o brinquedo das mãos do professor Álvaro Vieira Pinto, o grande filósofo hegeliano e marxista.

O PDT, não o de Arnaldo Mourthé, colocou pá de cal na contribuição de Bautista Vidal que mostrou na área da energia os laços entre as perdas internacionais e a apropriação colonial do sol e da água doce.

Eu admiro a coragem física de Ciro Gomes, mas isso não basta para fazê-lo um patriota brizolista e quebrar o pêndulo petucano.

É nítido o recado de Nildo Domingos: com Mangabeira empaca o processo revolucionário. Deste mato, tal qual aconteceu com Celso Furtado, coelho não sai. Aos jovens militantes brizolistas aconselhamos a leitura do magnífico livro de Álvaro Vieira Pinto Por Que os Ricos não Fazem Greve? O desenvolvimento desenvolvimentista só desenvolve o desenvolvido. Jotaká continua sendo a Virgem Maria da economia política do automóvel.

Provavelmente Ciro e Mangabeira não irão responder à crítica de Nildo Domingos Ouriques, um pobretón pé de chinelo from Joaçaba. Enganam-se os que separam na biografia de Leonel Brizola o trabalhismo do marxismo. Daí é quem vem a conversa de urubu com bode sobre a “nova burguesia”. Há capitalismo bom e há capitalismo ruim então há “lucros honestos”, Karl Marx ironizou. O que são lucros desonestos?

O abuelo Otávio Mangabeira, que foi anti-getulista e prototucano, defendeu a simetria de interesse Brasil-EUA. Nosso Roberto Requião comete o mesmo equívoco de gostar mais de Roosevelt que de Vargas. Ex-partícipe dos governos Lula e Dilma, assoprou Mangabeira novidades para o presidenciável Ciro Gomes fascinado pela “turma do diploma”, a consagração ornamental do saber, ironizava Leonel Brizola.

Em 1990, vindo dos EUA, sem deixar de continuar morando por lá, Mangabeira Unger candidatou-se a deputado federal no Rio de Janeiro. Ninguém o conhecia. Durou seis meses sua campanha. Os militantes do PDT, atônitos com a chegada da nova estrela, perguntavam como e por que ele tinha caído nas graças de Leonel Brizola. Ninguém até hoje respondeu.

Afinal, quem bancou a candidatura a deputado de Mangabeira Unger? Rolava a fofoca que era amiguinho do banqueiro dandy Daniel Dantas, a “alma-moeda” que mistura hipocrisia e cinismo, no dizer de Karl Marx. O Daniel Dantas foi lançado pelo dendê de Antônio Carlos Magalhães para o cuidar dos bancos na Bahia.

Ciro Gomes foi para Harvard, aprendeu inglês e de lá voltou com a abstrata noção de “colonialismo mental” que disjunta colônia de capitalismo, o que corresponde ao sinuoso percurso de Mangabeira desde 1990, agora no regaço de um PDT que não está nem aí para a dominação imperialista. A “perdas internacionais”, a que se referia Leonel Brizola, é visto como uma furada leninista que não rende voto na Ilha da Maré.

Mangabeira requenta a marmita do “desenvolvimentismo”, todavia essa marmitex não é para ser aquecida, simplesmente por não haver classe social a fim de aquecê-la, daí a retórica de se criar uma nova burguesia da teologia da prosperidade. Parece que todos os caminhos empreendedoristas levam ao templo de Salomão ou à Academia Brasileira de Letras.

Nildo Domingos Ouriques é discípulo de Ruy Mauro Marini, o teórico da Polop e crítico do desenvolvimentismo, o qual já era um cadáver na época de Jotaká. Afinal, que burguesia que não se pinta a si mesma como desenvolvimentista?

Em política, dizia Leon Trotsky, é vital dar nome aos bois. Dar o nome correto. Nildo Ouriques fala em “liberalismo de esquerda” e “liberalismo de direita”. Em ambos os casos oculta-se a dependência e justifica a “burguesia comparadora” do PT, a burguesia bibelô da China.

Ciro Gomes é entusiasta da socialdemocracia europeia que vampirizou o marxismo. Mangabeira Unger, a Carmem Miranda de Caetano Veloso, é resignado diante da inconclusa soberania do país, portanto nada tem a ver com o ideário trabalhista desde a Campanha da Legalidade de 1961.

Os herdeiros da UDN fazem pouquíssimas referências ao golpe de 64, a grande tragédia da nossa história segundo Glauber Rocha, que abominava a pusilanimidade política de Tancredo Neves.

Pouca gente sabe que Leonel Brizola queria prender Tancredo Neves em um hotel cinco estrelas em Porto Alegre para não atrapalhar João Goulart em 1961. Fato é que atrapalhou com a formula do parlamentarismo, a antessala do golpe de 64.

João Goulart deu ouvidos a Tancredo Neves e aceitou o pacote tucano do parlamentarismo, ao invés de mandar os militares parlamentaristas para o pijamão da reserva.

Tancredo Neves foi o pombo correio da “solução parlamentarista”.

A filantropia do plano cruzado se repetiu com o plano real e com o bolsa família. Os presidentes ineludivelmente são os príncipes do obolo.

Karl Marx abominava a filantropia. Em 1989, na primeira eleição direta depois da ditadura, o PT recusou o acorde Brizula, o hibridismo de Brizola com Lula, simbolicamente o Sol Brizola e Lula a lua. Recusa cretina motivada pela vaidade de Francisco Weffort.

Lula iria pagar um preço altíssimo por rejeitar o convite de Leonel Brizola. Lula aliou-se à rede Globo, Collor venceu, depois veio Itamar e, por fim, FHC. É isso o que se entende por petucanismo: o PT in love com PSDB. É o amor paulistocêntrico de Lula por FHC. Este, professor da USP, foi discípulo de Florestan Fernandes. Leonel Brizola foi estigmatizado de “populista” pela sociologia da USP e IPERJ. E ninguém até hoje sabe o que significa “populismo”, vocábulo que não sai da boca pornô de Steve Bennon.

General que ganhava soldo de multinacional, Goubery se deleitava com a cisão esquizofrênica: Lula, separado de Brizola, era paparicado nas fábricas do ABC. Leonel Brizola pichado de líder anacrônico, representante arcaico da classe operária de chimarrão. Lula embarcou na vaidade política de parecer o que não era. A chapa Brizula foi abortada na história.

Com o seu léxico de beduíno dos pampas Leonel Brizola charlava que Lula popstar havia tomado gosto pela pizza e olvidado a farinha de mandioca.

Brizola já era, entoou Frei Beto, o anti-estética da fome.

O longo exílio de Leonel Brizola foi considerado algo de pouca monta pelos professores nas universidades. Com o tempo o golpe de 64 foi esquecido e recentemente exaltado nos quartéis enviagardos de Jair Bolsonaro. Este foi eleito por uma subcultura de programa de auditório que viu com bons olhos a derrubada de João Goulart. O arreglo petucano é o style telenovela da Globo. Resultado: o judiciário telenovelizado adubou o terreno para Jair Bolsonaro.

A telenovelística de chanchada comoveu Ciro Gomes, assim como Mangabeira foi seduzido por Roliudi. Jair Bolsonaro ajoelha-se diante da bandeira dos EUA a lembrar o beijo udenoentreguista de Otávio Mangabeira dado no anel de Eisenhower. O fio entreguista da história é baixo astral.

Bautista Vidal percebeu que não por acaso a Cepal desenvolvimentista de Raul Prebisch escolheu Celso Furtado e FHC como os gênios da raça. Curiosamente Gunder Frank os desqualificou do ponto de vista conceitual.

Não me lembra a palavra “republicano” figurar na linguagem de Leonel Brizola e de Friedrich Engels. Quem falava em “república democrática” era Stalin. Isso de “espirito republicano” é isca latifundiária “for export”. Os doutos em constituição (a qual não é feita pelo povo) são coniventes com os lucros exportáveis. São os pedantes da linguagem empolada e dos interesses do capital monopolista estrangeiro. O idioma policial “lava-jato” ou “lavajatismo” converte-se em gnose jurídica. Não por acasso Ulisses Guimarães, o bacharel de Cananéia da Constituinte, costeou o alambrado em 1964.

A plêiade do PDT atual acha que Leonel Brizola fracassou porque brigou com a TV Globo. Deu murro em ponta de faca. Um neurótico masoquista. A decadência vital da esquerda explica a desistência de Dilma em não querer lutar, ou seja, o seu desejo inconfesso de ser derrubada. Entregar o time sem resistir. Leucemia política. É isso o que Leonel Brizola não suportava, Glauber Rocha também. Em conversa com os amigos retornava sempre ao assunto: Getúlio Vargas não deveria ter dado um tiro no coração, Jango deixou as portas do Palácio abertas para a Fiesp fazer a festa.

A propósito consinta a analogia: Nildo Ouriques se insurge colérico contra Dilma por não ter reagido ao golpe do falsário Sérgio Moro, o Marlon Brando das foliculárias da Globo Nius.

Em seus dois governos Lula não organizou uma mídia contra-dominante. Confiou na imprensa burguesa e caiu do cavalo. A fraqueza política é um dos traços típicos da alienação colonial. Bautista Vidal adorava a frase de Lampião: se pedir perdão, eu mato.

Ciro Gomes foi o operador e não o formulador do plano real. Ele não se cansa de elogiar esse plano medíocre que teve por objetivo engordar o capital financeiro. Segundo Nildo Ouriques, o plano real transformou alguns professores universitários em banqueiros. Ciro Gomes é cerimonial e respeitoso com FHC, passa-lhe a mão na cabeça cheia de barretes acadêmicas, como dizia Leonel Brizola.

O artigo de Nildo Domingos Ouriques por ser radical, na acepção marxista de tomar as coisas pela raiz, não terá repercussão nas universidades, tampouco será respondido. O que está nele delineado é que de Itamar Franco origina-se o “liberalismo de esquerda”, Ciro, FHC, Ricupero, Plano Real, Lula e Dilma. Leonel Brizola não queria o impitichi de Collor, não por achar o caçador de marajá uma gracinha. É que o PSDB somente chegaria ao poder pela via do golpe branco. A reeleição de FHC liquidou com a Petrobrás.

Itamar Franco, a despeito de sua intenção, é o criador do petucanismo. Recusou o convite para seu vice de Leonel Brizola, preferiu Fernando Collor. O ex-ministro Ciro Gomes contribuiu para a engrenagem rentista do capitalismo vídeo-financeiro.

A classe dominante brasileira só admite a democracia sob a condição de fazer uso da esmola para engambelar o povo na hora de votar.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Salve o economista André Lara Resende apóstata do rentismo ordinário

Imagem: filme Boca de Ouro - Nelson Pereira dos Santos

 É inegável a reverência que o homem brasileiro colonizado tem pelo liberalismo inglês a partir de 1702 com o tratado de Methuen, desdobrando-se na guerra do Paraguai de 1860. 

Solano Lopez até hoje é odiado pela elite letrada e pelas Forças Armadas porque ousou desafiar a dominação da Inglaterra. Que seja lembrado o historiador das Forças Armadas, Gustavo Barroso, o qual será um dos chefes do integralismo e complacente com o imperialismo inglês. 

A revolução de 30 é a clivagem entre o domínio inglês e o domínio norte americano. A crítica de Luiz Carlos Prestes a Getúlio Vargas é que este hesitou entre um e outro. 

Fato é que a partir de 1930 o capital estrangeiro no Brasil é norte americano. Portanto, toda a superestrutura será norte americanizada, o prestígio inglês fica confinado aos venerandos economistas admiradores de Adam Smith e Lord Keynes. 

Os esnobes Eugênio Gudin e Roberto Campos, assim como em seus diluidores tucanos, a exemplo de Pedro Malan e Gustavo Franco; todavia se rendem à evidência da hegemonia do dólar em seus cargos e em sua privacy. Eles não podem deixar de dar adeus à Lombard Street com os seus duques e barões. Trata-se de um adeus melancólico e que ressoa na carioca House of Garças, onde se fofoca que Paulo Guedes é um meteco, sendo mal visto por não ter trato com o alfaiate inglês, não obstante o seu laissez-passer livre-cambista que preside o leilão privatizador. 

A City, o bairro grã-fino de Londres, era por aqui repercutido pela verve literária de José Guilherme Merquior apadrinhado no Itamaraty por Roberto Campos, enquanto Paulo Guedes com Bolsonaro teve que se contentar com o panegírico baixa renda de Olavo de Carvalho e Merval Pereira. 

O "colonial service" vai mudando de fisionomia gástrica e linguística na periferia dependente e rentística. Os sucessores agringalhados do Barón de Mauá não mais usam o garfo e a faca dos hijos de da família Rothschild.


quinta-feira, 6 de abril de 2023

Histórias que o vento não leva


 Foto: Retirada do filme Jango – 1984 de Silvio Tendler

Brizola, Lula, Collor, FHC, Bolsonaro e madame Tebet

O bolsonarismo de reserva é página virada na história. Não terá mais condições de se recompor.

Nascido artificialmente de cima para baixo, é difícil que sobreviva for a do poder.

Melancólico epílogo, sem plateia e sem massa, com medo de ser engaiolado.

Não se esqueçam, no entanto, que para vencê-lo foi necessária uma frente ampla com várias cores e retalhos.

O PT veio ao mundo como frente, dizia Leonel Brizola acerca de seu caráter heteróclito, católicos, sindicalistas, professores, universitários, liberais e marxólogos.

Na vida de Lula há um tempo menor transcorrido na fábrica do que no Palácio, três vezes presidente da República, o que é uma singularidade na história do Brasil.

Deixará o poder com 80 anos de idade e ninguém é capaz de antever com qual sentimento subjetivo e com qual realidade objetiva.

A história é imprevisível. Um Lula aplaudido pelo povo com coragem política ou um líder desfibrado, fraco e pusilânime, ante as exigências da luta de classes.

Vejo-o sob um prisma dúplice em seu relacionamento com o trabalhismo de Leonel Brizola depois do retorno deste do exílio, e na oposição ao neoliberalismo obscurantista de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, indo da prisão à jubilosa vitória eleitoral.

Deixei claro em vários livros, Brizula o Samba da Democracia; Collor a Cocaína dos Pobres; A Jangada do Sul, Depois de Leonel Brizola, que Lula errou em 1989 ao recusar a chapa Brizula contra Fernando Collor. Ao derruir Leonel Brizola ajudou a eleger Fernando Collor. Um infortúnio para o país. Mais tarde Leonel Brizola foi o seu vice em uma chapa derrotada por FHC.

Leonel Brizola errou em ser seu vice. A cabeça da chapa deveria ser Brizula, não Luzola.

O nome Brizula é lindo, soa bem aos ouvidos, parece samba de Nelson Cavaquinho enquanto Luzola, aqui para nós, soa péssimo. A vitória de FHC antecipou a privatização de Paulo Guedes.

Ao recusar a composição Brizula, Lula pisou na bola. Louve-se por ter ele tirado Jair Bolsonaro do poder. Isso, afinal, o redime por ter ajudado Collor a chegar à presidência? Uma mão lava a outra, se bem que como dizia Engels em carta a seu amigo Karl Marx: a luta de classes é profana, então há que julgar os responsáveis por Jair Bolsonaro ter sido eleito presidente da República.

Frente ampla foi uma jogada de Carlos Lacerda depois de 1964. Jango aderiu à Frente Ampla com Jotaká. Leonel Brizola recusou essa aliança com os seus adversários de ontem, ou seja, os golpistas de 64.

É muito difícil governar com Frente Ampla. A classe dominante não opera no vazio. Descortina-se com o horizonte sombrio PT se porventura capitular sem lutar.

O objetivo do fascismo consiste em destruir as organizações operárias, mas estas já estão desmoronadas, incluindo os sindicatos da burguesia. Por mais amistosa e amável que seja a madame Simone Tebet, o consórcio com o pop agrobusiness não é inocente.

Ex-bolsonara, Simone Tebet, a vedete da imprensa pode ser um cavalo de troia no governo Lula.

O caminho já está palmilhado para as próximas eleições: a senadora será a representante da propriedade rural multinacionalizada com o perfume Globo Nius.


A dialética vaselina


 

Foto: Rubens Lopes

Intriga-me, não por dele ser amigo, que Nildo Ouriques escreva sem rebuço sobre o que pensa da atualidade e nada é dito quanto a sua abordagem marxista, discípulo de Ruy Mauro Marini.

O título do artigo "A União dos Democratas" remete à questão da fragilidade da democracia se o bolsonarismo veio para ficar. A vitória eleitoral de Lula não parece de grande significado político e econômico, por conseguinte é deslumbrada a euforia por ter Jair Bolsonaro perdido as eleições.

A política é entendida em sua materialidade de classe com os interesses econômicos e sociais, e não como fato moral de costumes, liberdade sexual, gênero e etc.

Fato é que Nildo Ouriques acerta na crítica ao liberal-petucano, mas erra em relação ao fáscio-bolsonaroide, mencionado como o "indefinido brado pela liberdade", "Bolsonaro clama pela liberdade contra a democracia". Tudo isso soa esquisito na análise do bolsonarismo, mas há acerto quando Nildo Ouriques diz que o germe do bolsonarismo está no rentismo do plano real. Pasolini achava que "consenso" era uma estratégia fascista.

O plano real é a "economia política do rentismo". Nota 10 para Nildo Ouriques. Segue-se a crítica ao Ministro da Defesa sobre a despolitização das Forças Armadas, como se houvesse a possibilidade de haver Forças Armadas sem política. Isso não existe desde o Duque de Caxias. O lance é saber que tipo de política opera as Forças Armadas. O dilema do soldado brasileiro está entre Monroe e Bolivar, o dilema pende para Monroe porque o país é dependente, subdesenvolvido e compra armamento dos países hegemônicos.

O desafio é harmonizar o pobre e democracia, aquilo que Francisco Weffort sublinhava que era meta do PT, então Lula estará sendo compelido a filantropia compensatória, em contraste com o Bolsonaro desapiedado quanto aos pobres e miseráveis. Então, a diferença se insere no plano moral assistencialista e filantrópico.

O sopão envenenado para os despossuídos, é isso o que estava em pauta no governo Bolsonaro. Cito aqui a expressão de Marx "despotismo militar" em correspondência com Engels. "Despotismo militar" significa a supressão de todas as leis, segundo Marx.

O problema do Bolsonarismo é tentar converter as Forças Armadas em seita, a qual faz de tudo para manter-se unida.

Salienta-se a pergunta magistral de Nildo Ouriques: o que é o pobre para o Banco Mundial? Isso lembra Álvaro Vieira Pinto discorrendo sobre os mecanismos que fazem do pobre um submisso, na linha de Fannon, de Glauber, de Darcy Ribeiro quanto a submissão cultural do pobre.

A discussão sobre as armas já foi posta por Glauber Rocha: as armas nas mãos dos famintos. É essa a insurgência do cinema de Glauber Rocha e de sua estética da fome. A estética da fome coloca a seguinte questão: câncer é um faminto matando outro faminto. Justiça social só com armas para os famintos, é isso a sublevação da miséria nos filmes de Glauber Rocha.

Quem integra a classe dominante no período Lula não é diferente da ditadura, e quem exerce o poder político no governo Lula? Marx dizia que a rapacidade é o princípio vital de toda burguesia. Foi assim que Ruy Mauro Marini reagiu à intriga de FHC e José Serra.

Façamos outro Bolsonaro antes que as Forças Armadas o façam. Essa nova aventura forjada pelos discípulos do general Frota parece ser irrepetível. A genealogia da moral Bolsonaro está na mistura de programa de auditório do tipo Faustão e Jô soares com a novela da Regina Duarte e Daniel Filho a vida imita a telenovela.

Do que se trata é a degeneração mental e biológica de uma sociedade miserável, parasitária, rentista e dependente, degeneração interclassista, porque degenera o pobre, degenera o rico e degenera a classe média. Essa é, digamos, a ontologia social do bolsonarismo, para usar a expressão famosa do filósofo György Lukàcs. Ontologia social do bolsonarismo, não apenas as artimanhas da superestrutura de Sergio Moro, Lava Jato, petucanismo, Agulhas Negras e Judiciário. Por ontologia social. Entende-se tessitura das relações que gerou o bolsonarismo.

O berço melancólico do bolsonarismo é o Rio de Janeiro que matou a letra dos Cieps, com a vitória da telenovela e do roque in ril. Daí o seu obscurantismo, daí o seu ódio intelectual, daí o seu ódio à biblioteca. A family bolsonara é uma invenção de telenovela pós 64 gerenciada por Roberto Campos e Paulo Guedes.Resta saber, depois da contribuição crítica de Nildo Ouriques, se o bolsonarismo com ou sem Bolsonaro, é uma histórica necessidade da burguesia rentista, cafajeste, cínica, compradora e desterritorializada.

A degradação biológica da maternidade é um dos aspectos da ontologia social bolsonara. Secou o peito da mãe junto com as florestas derrubadas e queimadas.

domingo, 2 de abril de 2023

Comissário Flávio Dino


O desafio cívico de se insurgir contra o dízimo evangélico pode converter Flávio Dino em um comissário do povo. Começar por cobrar imposto das igrejas, inclusive sobre a manipulação mental que os bispos exercem sobre o povo. É necessário atacar essas igrejas que tanto mal fazem ao povo trabalhador. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (01.04.2023)

terça-feira, 21 de março de 2023

A vaca louca de São Paulo


O casamento entre a água e o sol faz do Brasil um epicentro energético. E agora São Paulo aparece como um espaço onde a água será privatizada. Nada de novo, o nazifascismo é privatista. Bautista Vidal já mostrou que a privatização é a internacionalização do patrimônio nacional. Privatizar a água trará de volta um fluxo agudo de doenças tropicais. Porque o lucro estará acima de tudo. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (11.03.2023)

Foto: MAB


Falo para os que querem ouvir


 

Os áudios que gravamos chegam em pouco gente. Mas, isso não importa. os números não dizem nada. Há uma falcatrua nesta loucura por audiência. Lembrem que no enterro de Karl Marx havia pouco mais de 13 pessoas. De que vale chegar à milhões se não se é realmente escutado? Hoje, há milhões sendo manipulados pelas igrejas neopentecostais nos quais não conseguimos chegar com argumentos. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Comunitária Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (11.03.2023)


 

sábado, 11 de março de 2023

A comunicação é estratégica


Será que o Lula não pensou na comunicação e na luta de classe? Como é possível um Juscelino não sei das quantas ser o ministro da Comunicação? A situação da comunicação continua a mesma da ditadura de 1964, que foi criada para sustentar aquele governo ilegítimo. Não foi à toa que a Globo criou a cocaína dos pobres, a novela. Sérgio Moro segue sendo o Marlon Brando das e dos jornalistas da Globo. Lula não muda nada. Que masoquismo é esse? Ele continua beijando a Globo na boca. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa da Rádio Campeche, apresentado por Elaine Tavares. (04.03.2023)