quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Quebra cabeça do cinema novo


Gilberto Felisberto Vasconcellos está com livro novo na praça. Escritor profícuo, um dos pensadores mais importantes da cultura nacional, ele tem se dedicado a refletir com cada vez mais profundidade os desafios postos pela realidade brasileira. No livro "Quebra cabeça no cinema novo" ele faz um inventário sobre como o imperialismo cultural foi crescendo e se impondo sobre a cultura brasileira, principalmente depois da morte do extraordinário cineasta nacionalista Glauber Rocha, em 1981.

Diz Gilberto:

Não temos território.
Não temos fábrica de antibiótico.
Não temos banco.
Não temos moeda.
Não temos sol.
Não temos água.

Consequentemente não temos cinema brasileiro.

O quebra cabeça é o domínio da telenovela, cujo o padrinho foi Carlos Lacerda, por isso mesmo este está em foco na capa do livro.

Que o leitor não fique chocado.

Carlos Lacerda ajudou a derrubar Getúlio Vargas e foi um dos golpistas de 64. Esse golpe está na essência da filmografia do Cinema Novo.

***

A ênfase de Gilberto Felisberto Vasconcellos, ao discutir cultura e cinema, é posta pela primeira vez na constelação Walter da Silveira, Roberto Pires e Glauber Rocha. A abordagem é regional para entender a dialética do nacional e o universal.

O ponto de partida é o marxismo do crítico Walter da Silveira, que foi o fundador de um cineclube nacionalista e revolucionário em Salvador.

"Tudo começou lá pela metade dos anos cinquenta.
 quebra cabeça não está só no cinema.
O quebra cabeça está no Brasil e na América Latina.
A contradição é fílmica e existencial.
É a contradição nação versus imperialismo."

Não é preciso dizer da atualidade deste livro.
Trata-se de um libelo contra o entreguismo que está rolando nesta trágica atualidade.

O livro é uma produção independente do autor e precisa se pagar. Então, não hesite e faça já o seu pedido: Para Comprar Clique aqui


Um comentário:

  1. Gilberto, bnoite. Rapaz, te conheci através dos videos do IELA, com o Nildo Ouriques (cujo nome me foi sugerido por um amigo, Ivo Tonet) apresentando vc e o Theotônio dos Santos num evento sobre Teoria do Capitalismo dependente. Onde posso adquirir tuas obras? Estante virtual comprei várias (sobre folclore, Glauber etc.), mas não tem o Gunder Frank . Na Insular está esgotada. Abraços! Evandro (enobre@uol.com.br)

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