quarta-feira, 11 de setembro de 2019

EdirJair - pesadelo evangelical gun


A palavra falada. Disk descarrego e dá um cheque para o subproletariado.

Malandragem é dizer aquilo que não faz e fazer aquilo que não diz.

O crédito pressupõe que o bom homem seja aquele que paga. Ai está o julgamento sobre a moralidade de um homem. Um homem rico dá crédito a um homem pobre supondo que este irá pagá-lo porque é um homem decente, e não um pária que não merece confiança.

O que o crente preza é a fé, a fidúcia, a quem ou de quem se fia. Crédito origina-se da palavra crer. O instituto de crédito por excelência é o banco. Qual a diferença da igreja evangélica para o banco?

O credo do crente é menos Deus que o dinheiro.

Pier Paolo Pasolini advertiu o Vaticano na década de 60: das três virtudes teologais a melhor é a caridade, não é a fé nem a esperança.

A frase é de São Paulo: “a caridade é melhor que a fé e a esperança”. Nazismo era fé e esperança, não caridade. A caridade foi substituída pelo crédito. Eis o trinômio: crédito, fé e esperança.

São Paulo fundou uma igreja, não uma religião; fundou uma instituição, não uma mística. Organização clerical. Nada pior que um fundador de igreja.

Pasolini retratou São Paulo como um esquizofrênico, um neurótico submetido à dualidade: santo e padre, gênio e corrupto.

Quanto mais miséria, mais igrejas.

A expansão evangélica corresponde ao caráter rentista e especulativo do capitalismo monopolista. O evangélico começou na cidade, não é um fenômeno camponês.

A analogia entre cristo e moeda é evidenciada pelo catolicismo (a hierarquia fundada em Deus, Cristo, santo, sacerdote), mas na igreja evangélica essa analogia é rompida com o absoluto primado monetário.

Cristo (mais este que Deus) converte-se em puro valor de troca, ou seja, a fé é dinheiro. Todo fundador de igreja, seja qual for, revive o São Paulo gestor, burocrata e empreendedor.

Loucura é insistir na disjuntiva crer ou não crer. A caridade está longe de ser uma virtude para os evangélicos. Ajudar o outro choca com o caráter egóico da esperança em salvar-se pelo dinheiro.

O aroma evangélico medra do dízimo, a velocidade inicial do capital rentista. Junta-se na mesma pessoa o barão da mídia e o Bishop em cuja personalidade o masoquismo está amalgamado com a crueldade.

Não esqueçam de Robespierre: “a liberdade de imprensa não pode ser permitida se comprometer a liberdade pública”.

Edir Macedo gosta de sublinhar o caráter sanguinário e bélico da bíblia. Não é disparate a hipótese. Edir & Jair – a chapa evangelical gun.

Para existir o fascismo gospel videofinanceiro é preciso que seja eliminada a auto-defesa dos trabalhadores.

Quando se abre uma igreja, bye-bye religião. Cada crente tem o seu Deus. É o Deus dele que não tem nada a ver com o meu. Então, o Deus é meu, pertence a mim, é minha propriedade privada. Deus é meu.

Não é Deus nosso, é Deus meu.

A igreja Universal do Reino de Deus é entusiasta de Israel sionista.

O desejo recôndito da filantropia à Rockefeller é matar todos os pobres. Estes são responsáveis pela pobreza.

O banco é o areópago da nação. Areópago era o Supremo Tribunal Federal em Atenas.
Frederico Engels: “inferno é não ganhar dinheiro”. O comércio é uma fraude legalizada. A fraternidade dos ladrões. Todo julgamento é político porque toda lei em sua origem é política. Juiz imparcial é mistificação.

Cabeça de juiz, diz o povo, é que nem coice de mula, ninguém sabe para onde vai.

Os preceitos da Constituição são sagrados, mas a constituição não é feita pelo povo.

Justiça é dinheiro: domínio do patriciado. Nepotismo de pai para filho. De avô para neto.

O judiciário reverencia os homens de haveres.

É falsa a idéia sobre a politização do judiciário. O que existe hoje de escandaloso é a telenovelização do judiciário.

Record e Globo disputam a audiência. “Tudo por dinheiro”, aforismou Silvio Santos. A TV esconde que o destino do trabalhador é trabalhar para empobrecer. Todas as TVs fazem “o comércio do dinheiro”.

Os clérigos e os magistrados usam palavras pomposas e pensamentos miseráveis. A cadeia é considerada como a casa da correção moral. Desde Caim, dizia Marx, a punição não melhorou nem intimidou o mundo.

O espírito escolástico domina os jesuítas e os bacharéis. O espírito burocrático é jesuítico teológico. Todo mundo quer ser rentista. Herdar, não trabalhar. Vender ideia. Ideia vendável. Ideia vendível.

Edir é o nosso Murdoch colocando a Rede Globo para correr. Ele tem igreja, TV e militância. 24 horas de política por dia.

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