Ainda há que se estudar essa relação entre Lula e a Globo. Como pode tanto consentimento com uma emissora que tanto o maltratou? Será esta uma relação narcísica ou masoquista? O que leva Lula a perdoar sistematicamente as maldades da Globo contra ele? Todo o pecado do passado é perdoado. As portas do palácio se abrem para a Globo, algoz do Lula. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche. (21.12.2024).
domingo, 29 de dezembro de 2024
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
A fala é o que converte
A rádio é um elemento importante da cultura brasileira, porque o brasileiro se informa pelo ouvido. O que comove o brasileiro é o som, o enchimento sonoro. Se vier a revolução socialista ela passará pela acústica. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, Rádio Comunitária Campeche. (14.12.2024)
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Mãe morta, povo morto
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Imagem: Virginia Escudero Milla |
O que move a violência? Não é o complexo de Édipo, eu sei. Mas, a mãe tem um papel social e psicológico muito importante na vida das pessoas. Criança que não se alimenta do leite materno não se desenvolve. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Comunitária Campeche. (07.12.2024).
CLIQUE AQUI PARA OUVIRdomingo, 1 de dezembro de 2024
O golpe chanchada
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Lula Marques/Agência Brasil |
Atenção jornalistas. A Polícia Federal não é o motor da história. Houve um golpe chanchada, mas há também uma tragédia colonial. O Estado, para a burguesia, é o quintal de casa. O golpe precisa ser visto pelo olho de fora a, afinal, somos uma país dependente. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no programa Campo de Peixe, na Rádio Comunitária Campeche. (30.11.2024)
O punhal verde amarelo e psicótico
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Foto: Joedson Alves/Agência Brasil |
Direita psicótica, existe? Trump, Bolsonaro, Milei. Expressão da burguesia do dinheiro fácil, descolada da produção. Uma continuação do mal do irracionalismo que destrói a vida. O capitalismo é a crueldade permanente. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no programa Campo de Peixe, na Rádio Comunitária Campeche. (23.11.2024).
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Karl Marx, Gunder Frank, Walter da Silveira e Eu, o Jamesjoça
Fui chamado pelo saudoso mineiro Jarbas Medeiros de Giubther Felizbax Waskoncèllouz para afugentar o baixo-astral da minha vida. Agradou-me uma diatribe fonemática. De súbito virei húngaro e sobrinho compositor Béla Bartók, ainda que nasceu filho de Adelaide e Zolachio no interior de São Paulo.
O paulista branco, negro, mulato, não se liga na sorte dos brasileiros pobres de outras regiões. Estes, quando apaulistados, odeiam aqueles irmãos que estão vindo disputando o lugar dos velhos baianos. Que se dane o seringueiro pobre diabo de que falava Mário de Andrade. O separatismo do homem paulista não é apenas um sentimento da burguesia ilustrada que não curte Marçal Pablo.
O paulista rico e também o pobre paulista unidos pelo mesmo preconceito sobre o atraso do país. A mesma coisa ocorre com os brancos pobres em relação aos negros das regiões escravistas nos EUA. É surpreendente, mas não inexplicável, que intelectuais de alto nível como Monteiro Lobato e Mário de Andrade tenham feito parte de São Paulo da história do Brasil.
Essa esquizofrenia dualista do intelectual paulista, segundo Gunder Frank, originou-se da mistificação do café que teria gerado exclusivamente a indústria de São Paulo. A acumulação de São Paulo para São Paulo, uma região propensa ao influxo de capital estrangeiro como dinamo do progresso. O progresso do Planalto de Piratininga se converterá em subimperialismo na América Latina, disse a historiadora e amiga de João Goulart em Montevidéu, Vivian Trías.
Gunder Frank viveu no Rio de Janeiro em 1963, por coincidência o ano em que foi publicado o ensaio de Glauber Rocha Revisão Crítica do Cinema Brasileiro focalizando a questão cultural de São Paulo, análise semelhante à de Gunder Frank sobre a tesão cosmopolita. Não tenho informação se o cineasta não teria lido o autor de Desenvolvimento do Subdesenvolvimento, livro hegeliano marxista que inaugura uma linha de pensamento dialético na América Latina.
As ciências sociais em São Paulo se deram bem com o imperialismo norte-americano no poder em 1964.
O crítico baiano Walter da Silveira alertou Glauber Rocha que, depois de publicar A Revisão Crítica do Cinema Brasileiro, ele estaria proibido de pôr os pés em São Paulo.
Ao escrever sobre São Paulo e seus intelectuais, Gunder Frank leu Marx e Engels sobre a questão nacional da Irlanda, a primeira colônia moderna da Inglaterra cujo modelo é reproduzido em todas as colônias.
Karl Marx viu o proletariado mundial a partir da relação entre o proletário irlandês e o proletário inglês. A tarefa mais importante da associação internacional dos trabalhadores seria acelerar a revolução social na Inglaterra, e para atingir tal fim, tornar a Irlanda independente e emancipada. A classe operária inglesa tinha por imperativo histórico tomar consciência da situação nacional da Irlanda.
O operário irlandês, assolado pela fome e pelo pauperismo, vai trabalhar nas indústrias da Inglaterra, onde é hostilizado pelo operário inglês que o vê como concorrente que faz baixar os seus novatos.
Meteco filho da puta!
A burguesia inglesa se aproveita do antagonismo entre o operário inglês e o operário irlandês. Isto é visto com preconceito social, cultural e religioso. Engels perguntou o que era o irlandês sublinhando o seu caráter primitivo, semisselvagem, cheio de fúria, verdadeiro sans-culotte, sem esquecer que suas duas amantes, Mary e Lizzy Burns, revolucionárias e irmãs entre si, foram irlandesas.
Os pobres na Inglaterra são os irlandeses odiados por tirarem os empregos dos ingleses.
Oscar Wilde, irlandês da mais fina elite (filho de médico e mãe escritora), viajou para Oxford e teve que falar o inglês impecável, sem nenhum sotaque estrangeiro. A opressão inglesa é um assunto abordado por todos os grandes escritores irlandeses, ainda que não tenha sido influenciado pelos escritos de Marx e Engels sobre a Irlanda moderna, Oscar Wilde, James Joyce, Yeats, Bernard Shaw, Samuel Becket.
O irlandês trabalhou para se tornar pobre, bêbado, tarado, sujo. Não é diferente do proleta brasileiro enriquecendo o bolso do Musk & Trump.
Marx e Engels batalharam para que houvesse a aliança entre a classe oprimida da Irlanda e a classe oprimida da Inglaterra.
A questão nacional irlandesa não é âmago da história do marxismo, inclusive na América Latina colonizada, dependente e subdesenvolvida.
A Internacional Reacionária
A direita vai tomar conta do mundo, a passos largos. Fato irrefutável. Precisamos saber os motivos disso. Como a direita vai vencer, e pelo voto popular. Como? É uma psicose? Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos, no Programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche. (16.11.2024)
Foto: (crédito: Caio Gomez)
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O Trump é a treva
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terça-feira, 12 de novembro de 2024
O golpe de 64, o fio da história brizolista e a dialética da continuidade
O historiador brasileiro Nelson Werneck Sodré
Surgida em 1945 nos EUA a corporação multinacional abocanha o lucro exportável em escala mundial. Depois de 1974 converteu-se em agente da democracia e dos direitos humanos, é propulsora das “perdas internacionais”, expressão de Leonel Brizola que ficou desacreditada nos meios liberais e acadêmicos em 1989 com a vitória eleitoral de Fernando Collor.
O PDT de Leonel Brizola no Rio de Janeiro, partido formado principalmente por uma pequena burguesia descolarizada, não conseguiu ou foi impedido de se comunicar com o proletariado concentrado em São Paulo.
Não podemos creditar tão somente à astúcia maquiavélica do general Golbery do Couto e Silva, ao porta-voz da geopolítica imperialista, ao corte esquizofrênico da força de trabalho entre Rio de Janeiro e São Paulo. O que na verdade separou Brizola e Lula na década de 80 foi consequência do golpe de 64 que aprofundou o desenvolvimento regional desigualitario.
Darcy Ribeiro, chefe da Casa Civil do governo João Goulart, na década de 80 disse que o golpe de 64 foi o nosso Vietnã, só que guerra sem guerra, isto é, sem derramar sangue. Essa frase de Darcy Ribeiro, que às vezes se sentia preocupado por ter perdido o poder para transformar o país, nada tinha de diatribe. Que não seja, por outro modo, levado na galhofa a maldade do governo Jair Bolsonaro em comemorar, primeiro nos quartéis depois nas ruas e praças públicas, a “revolução de 64” como um acontecimento benfazejo para o povo e para o país.
O jornalista Cláudio Abramo, que já esteve rico nos dois maiores jornais de São Paulo, tinha por hábito perguntar a todas as pessoas que lhe foram apresentadas: – O que você acha do golpe de 64?
Isso para mim era tão esdrúxulo quanto se fosse provocação de intelectual marxista. Hoje vejo a pergunta como uma radiografia lúcida da nossa enfermidade. A mesma coisa aconteceu no cinema com Glauber Rocha, que foi entrevistado pela socióloga Rachel Gerber e formulou a seguinte retrospectiva de sua obra:
Quando fiz Deus e o Diabo na Terra do Sol desabou em mim um golpe. Porquê? Quem me aconteceu? Eu quero saber quem são esses fantasmas todos que me armaram essa jogada desde a época em que Getúlio se matou. Eu não aceito as versões do Cebrap, dos brasilianistas, acho que essas versões são semelhantes. Eu quero a versão mítica, eu quero saber exatamente por que o sangue do Getúlio correu, por que Getúlio escreveu aquela carta, o significado desse sangue como fecundador da alma brasileira. – Qual seria a relação da tragédia com Villa Lobos, o projeto do desejo do som, alguma coisa que o imperialismo matou? (GERBER, 1982).
O “fio da história” de que Leonel Brizola falou frequentemente em seus quadrinhos na Cinelândia repercutiu na metáfora glauberiana, enquanto Leonel Brizola estaria destinado ao poder por “razões místicas” no desfecho da “tragédia getulista”.
O tiro no coração de Vargas não foi diferente da derrubada do presidente João Goulart pelo imperialismo e seus coadjuvantes a exemplo da FIESP e da Igreja católica, sem deixar de aludir aos grandes jornais cujos donos odiavam o trabalhismo.
O primeiro livro escrito sobre o golpe de 64 é do trotskista Edmundo Muniz, o historiador de Canudos; o primeiro artigo que tematiza a estrutura de classe de 64 é de Gunder Frank, que aborda a história como traço essencial do marxismo. Edmundo Muniz situa o golpe de 64 como um capítulo da expansão imperialista sedada em São Paulo em seu papel subimperialista na América Latina. Gunder Frank participou da convergência da burguesia comercial carioca, cujo representante foi Carlos Lacerda, com a burguesia bandeirante da Fiesp.
De Minas Gerais o banco de Magalhães Pinto opera como coadjuvante na constelação golpista regional. O historiador Nelson Werneck Sodré, que atuou na ala de esquerda do ISEB junto com o filósofo Álvaro Vianna Pinto, nunca deixou de se referir em todos os seus livros ao golpe de Estado, principalmente no que diz respeito ao papel das Forças Armadas, associando- o à guerra do Paraguai.
A vanguarda da direita é uma multinacional paulista, que atua cada vez mais como agente do capital estrangeiro, embora não sejam paulistas ou paulistanos os respectivos presidentes da república. O maranhense Franklin de Oliveira, casado com mulher gaúcha, em um livro premonitório de 1961, prefaciado pelo então governador Leonel Brizola, Rio Grande do Sul O Novo Nordeste, foi inspirado na metodologia do capital monopolista de Paul Sweezy e Paul Baran.
Glauber Rocha foi o historiador do período João Goulart com o seu ensaio inédito Jangarana e o seu dramaturgo com a peça de teatro intitulada Jango uma Tragédia. Aproveito o ensinamento para registrar que Jangarana está sob censura até hoje, por isso não é publicado. Há 20 anos no Templo Glauber, rua Sorocaba, Rio de Janeiro, encontrei algumas páginas desse Jangarana, que é um elogio rasgado ao presidente da república e a tentativa de mostrar por que houve um complô da intelectualidade brasileira contra Jango. O personagem mais significativo e dramático da história recente do país. Drama de recepção marxista, segundo György Lukács, é o conflito entre o indivíduo e o destino que é o tema essencial do teatro clássico e moderno.
A palavra “místico” ou “mística” nem sempre tem a ver com idealismo religioso.
Atente-se que no pensamento glauberiano a história do Brasil, depois do cinema falado em 1930 e sobretudo depois de 1945, está condicionado cada vez mais à comunicação de massa que reverbera a luta de classes, ou seja, a contradição povo e imperialismo.
De olho nos gestos e na roupa dos militares brasileiros golpistas, verifica-se a partir de 1965 a influência do cinema roliudiano que, um ano após o golpe, promoveu a empresa Globo a fim de legitimar a ditadura. A novela há meio século não produz publicamente o esquecimento de 1964. A televisão tem sido o principal cabo eleitoral das eleições. As cabeças cortadas pelo golpe não são curtidas pelas historietas telenovelizadas. Outros são os heróis.
O ano de 1989, do ponto de vista do resultado eleitoral, revela a permanência da ditadura. Fernando Collor é eleito. Lula em segundo lugar. Brizola em terceiro, o único candidato pré-televisivo. A televisão faz a política em um país analfabeto. Daí em diante a TV vence todas as eleições. Jair Bolsonaro abre o jogo numa entrevista: a TV Globo é sua aliada natural, porque ambos apoiaram o golpe de 64 que foi a favor do capital estrangeiro e das privatizações. Não por acaso o neto de Roberto Campos dirige o Banco Central, o ministro Paulo Guedes foi o garoto protegido da TV Globo.
O golpe de 64 continua em seus efeitos até hoje na chamada democracia promovida pelo doutor Ulisses que odiava João Goulart e Leonel Brizola. O que nos vem à mente são as lideranças políticas e intelectuais que sobreviveram à ação repressiva do golpe. São as lideranças do trabalho: João Goulart, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, todos mortos. A propósito de 1964 fala-se em golpe militar, mas é preciso lembrar que teve intensa e participação civil participativa, a exemplo dos empresários de São Paulo. Não é por acaso que a partir de 1964 São Paulo – dentre todos os Estados – foi o mais favorecido pela política econômica da ditadura.
Nas eleições de 1989, a primeira eleição presidencial depois de 1964, Leonel Brizola ficou no sétimo lugar, atingindo apenas 1,51% dos votos. A herança trabalhista pré-64 não ressurgiu, embora Leonel Brizola tenha sido no âmago da história. Já foi ventilada a hipótese de que o impiti de Fernando Collor, o que não deixa de ter algo nebuloso e enigmático, se deveu em grande parte à possibilidade de vir a se aproximar de Leonel Brizola, abordar um Collor em transe que poderia, evocando o seu avô ministro de Getúlio Vargas, Lindolfo Collor, bandear-se para o campo progressista, caso ficou seduzido pela proposta educacional dos CIEP'S concebida por Darcy Ribeiro. Debalde isso não aconteceu. Collor se corrompeu pelo último modelo automobilístico.
Não é também de todo prever a conjectura de que Lula teria cumprido sua missão histórica ao derrotar o trabalhista de origem getulista em perfeita convergência com o propósito feagaceano de ser o coveiro da era Vargas. É por isso que numa análise do primeiro governo Lula é fundamental levar em conta o que Leonel Brizola formulou a respeito em seus Tijolaços publicados na imprensa atacando a “pseudoreforma da previdência” e as suas revelações com o “neopetista” José Sarney. Condescendente com os graúdos e poderosos, Lula teria se esmerado em castigar os pequenos e a classe média trabalhadora, o que revelava uma atitude inibida e paralisante diante do patronato, meus representantes não estariam apenas fora, mas sim dentro do PT. Fato é que, segundo Brizola, o espectro da tibieza rondou o presidente Lula e seu governo. Apraxia, além.
A tônica da análise brizolista incidiu na fraqueza do Presidente. Convém aqui abrir um parênteses para fazer um cotejo, ainda que ressaltando as enormes diferenças com o governo João Goulart, o que foi analisado por Leonel Brizola à altura de 1962 pelo ângulo de um presidente que só tinha nominalmente o poder com a sua política de conciliação , acometido de perplexidades e de vacilações, obrigado a negociar com as forças políticas que o derrubariam, embora tivesse tido duas vezes a oportunidade do poder pleno em suas mãos com o movimento da legalidade e o plebiscito.
Não é minha intenção sugerir que haja qualquer tipo de semelhança psicológica entre Jango e Lula, nem tampouco comparar as reformas de base, agrária e distribuição de lucros, com fome zero. O que merece reparo é que Leonel Brizola estava familiarizado com as fraquezas das lideranças políticas, e no caso de Lula no poder apontou-lhe um complexo de inferioridade diante do patronato nacional e transnacional, além do medo de enfrentar a televisão dominante. Houve uma mistificação icônica do operário de carne e osso, a respeito do qual não faria sentido colocar a distinção dialética da classe em si e da classe para si. O curioso é que esse fetichismo acompanhou uma “teoria” do populismo feita na USP. A origem social humilde do presidente fará parte do credo espelhado pela Igreja a fim de se opor ao trabalho laico de Leonel Brizola e de seu programa educacional baseado em Anísio Teixeira. Na década de 70 Glauber Rocha, que se autointitulava o “último janguista”, anunciou que a igreja deu sinal verde para o golpe de 64 em meio à paranóia do anticomunismo. Nesse balaio golpista entraram CIA, embaixada norte-americana, burguesia, latifúndio e setores subculturais da classe média. Ainda não saímos até hoje deste quiasma.
Bibliografia
FRANK, André Gunder. O Desenvolvimento do Subdesenvolvimento. DOI: https://doi.org/10.14452/MR-018-04-1966-08_3.
GERBER, Raquel. O mito da civilização Atlântica – Glauber Rocha, Cinema, Política e a Estética do Inconsciente. Petrópolis: Vozes, 1982.
Lukács, György. A teoria do romance. São Paulo: Duas Cidades, s/d.
RIBEIRO, Darcy. Tempos de Turbilhão: Relatos do Golpe de 64. São Paulo. Globais, 2014.
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
Onde você quer chegar?
Quando eu era estudante na USP a pergunta infalível era: onde você quer chegar com os teus textos? Não sei. Nunca soube. Uns dizem que sou marxista, outros, culturalista. Escrevo. Meus primeiros livros já falavam de fetichismo da mercadoria, então tenho um pé no marxismo. Mas, em alguns deles, errei. Como no "De olho na fresta", no qual falava da música brasileira. Errei feio. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche. (26.10.2014)
A hora e a vez da Venezuela plantada com biomassa
O físico e engenheiro José Walter Bautista Vidal. Foto: Milca Santos
Nicolás Maduro, não por acaso escolhido por Hugo Chávez para ser o seu sucessor, hijo espiritual de Bolívar e Martí, é alvo de ataques imperialistas por causa do petróleo. A capacidade de resistência do povo venezuelano lembra a do Vietnã.
Em meados dos anos 80, Brasília, Bautista Vidal entrou em contato com o ministro da energia da Venezuela. Assunto: a produção de dendê a fim de pouco a pouco ir substituindo o petróleo. O dendê da Amazônia poderia produzir mais energia do que o petróleo da Arábia Saudita.
O detalhe da natureza privilegiada da Venezuela é estar verticalmente debaixo do sol dos trópicos. Empolgado, telefonou-me dizendo que o nosso livro “Poder dos Trópicos” iria ser traduzido para o espanhol. Vamos fazer agora um prefácio venezuelano. O livro, não sei lá o motivo acabou não saindo, mas o prefácio foi escrito em 2004, o qual agora a jornalista e editora Elaine Tavares dará ao público ledor.
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Prefácio
Este livro à disposição dos leitores da Venezuela acreditamos que sirva à necessária transição energética na América Latina: do fóssil à biomassa vegetal. Há muito sabemos que o petróleo não estendeu o progresso à maioria do povo venezuelano.
Recordemos as palavras de um dos grandes escritores da Venezuela, Ludovico Silva, marxista, poeta, filósofo, que conhecia as entranhas de sua pátria. Escreveu em 1986, pouco antes de morrer, em seu magnífico Filosofia de la Ociosidad, discorrendo sobre o inferno de Dante Alighieri e Arthur Rimbaud: “Quanto a nós, nesta pequena província do reino de Deus temos, para nos entreter e contrair dívidas, o excremento do diabo, ou seja, o petróleo”.
O verdadeiro poder dos trópicos não é o petróleo poluente e finito e sim a eterna energia da biomassa. O petróleo venezuelano terá um destino socialmente emancipador se for utilizado para produzir simultaneamente energia e comida com os vegetais em pequenas propriedades. Esse é o binômio revolucionário da biomassa: energia e comida plantadas ao mesmo tempo, criando milhares de empregos no campo e desinchando as megalópoles.
A Venezuela saindo do petróleo poderá deixar de ser “a vitrine ianque”, como denominou Darcy Ribeiro em seu livro de 1977, As Américas e a Civilização. É o que se descortina com a perspectiva de uma agricultura produtora de comida e energia, empregando a população, ocupando o próprio território e resolvendo o problema do inchaço de Caracas.
O assunto deste livro é a alienação energética que nos torna alheios ao espaço e ao tempo, desconectados da geografia dos trópicos. Os autores somos brasileiros, vivemos na maior nação tropical do planeta e, até hoje não conseguimos nos desenredar da alienação energética que traz tanto sofrimento e humilhação do povo.
O imperialismo, com a sua ideologia difundida pelas universidades e meios de comunicação, primeiro quis nos convencer que em nosso subsolo não havia sequer uma gota de petróleo, atualmente nos quer atrelados ao petróleo.
O objetivo da rapinância imperialista neste século XXI não é senão apossar-se do território dos trópicos com grandes plantations de biomassa. Assim, o eixo geoenergético mundial transladar-se-á do Oriente Médio para as florestas úmidas da América do Sul.
A verdade histórica é que chegou a hora e a vez dos trópicos. Para o bem se a energia da biomassa for utilizada a favor do povo; para o mal se estiver sob o controle das multinacionais e do capital estrangeiro.
Situada no trópico, a Venezuela é privilegiada do ponto de vista da energia futura, se porventura valer-se do hidrato de carbono para construir a civilização da fotossíntese. Num país em que a industrialização neocolonizadora e a modernização reflexa foram movidas com petróleo, é compreensível que este assuma um caráter fantasmagórico.
Ancorado no dólar e no petróleo, o poder imperialista almeja manter o seu domínio com invasões e guerras. Saddam Hussein do Iraque foi derrubado porque atreveu-se a romper o vínculo dólar-petróleo. A mesma coisa talvez poderá suceder com o Irã.
Uma OPEP verde na América do Sul sem dúvida pode ser um alívio às tensões internacionais com a substituição dos combustíveis fósseis pelos derivados da energia da biomassa. É o autodesenvolvimento, o “desenvolvimento endógeno” no dizer do comandante Hugo Chávez.
Marcelo Guimarães Mello, geólogo e entendido em florestas tropicais, quando soube que o livro Poder dos Trópicos iria ganhar edição venezuelana nos encarregou de transmitir um recado para Hugo Chávez. É que a Venezuela, invés de exportar seu gás in natura, deveria fazer dele adubo para exportação, uma vez que a agricultura no mundo inteiro depende dos fertilizantes nitrogenados.
A Venezuela não pode prescindir de sua floresta para produzir a energia de maneira múltipla, inclusive a elétrica. Se empreendida numa moldura nacional e popular, a transição energética do fóssil para o vegetal significará a experiência pioneira e revolucionária na história da humanidade, ou seja, a Venezuela dará o salto evolutivo da petroquímica à alcoolquímica.
Bautista Vidal e Gilberto Felisberto Vasconcellos
Brasília – Juiz de Fora – Petrópolis, 7 de junho de 2006.
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quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Glauber Rocha e eu
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
O voto é mercadoria
Quem se habilita a filmar a vida de Jesus Cristo na favela Capão Redondo? E quem faz a ciência das eleições? Esses temas bombariam nas redes. O que são as pesquisas de opinião de boca de urna? Pesquisas são mercadorias. O voto é sempre comprado. Raramente um candidato sem dinheiro se elege. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Campeche. (12.10.2024)
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Do delegado tucano dândi aos Empreendedores da periferiamarçau
Cena do filme O bandido da luz vermelha – Rogério Sganzerla
A cadeirada exorcista do delega Datena incidiu, graças ao estilo bronco, na falsidade democrática do circense Roda Viva. Este desmoralizou-se em sua farsa protocolar que intenta mostrar que pito tocam os candidatos. Há décadas esse entediante programinha de direita faz um mal danado à representação política. A patroa âncora petulante é uma dondoca tucana virago sob o guante do pós-moderno Leão Serva.
Um pilantra de boné subverteu as regras do jogo não respondendo às perguntas e instrumentalizando a câmera: votem em mim! Votem no meu boné, assim você vai ficar rico, babaca. O babaca é o espectador, diria Lukács em História e Consciência de Classe.
Roda Viva - nome péssimo - é a morte do diálogo, convidados chapas-brancas vendem o peixe e personificam a mercadoria de seus patrões: Folha, Estadão, etc.
A bancocracia ilustrada da cultura pop é quem na verdade dirige o Roda Viva.
O avoengo Frias e o virulento Boris Casoy, por sugestão do sinistro Silvio Frota em Brasília, escantearam o jornalista Claudio Abramo em uma inóspita salinha sem direito a cafezinho e misto-quente na Folha de São Paulo.
Perguntei a meu saudoso amigo: - por que você não vai dirigir a TV Cultura?
- Não dá, é feudo do Abreu Sodré.
Em São Paulo o único programa jornalístico que presta é o do católico Eduardo Moreira, um défroqué do capital financeiro que está prestando inestimável contribuição cívica ao mostrar a trapaça dos “lucros honestos”, segundo a ironia de Karl Marx.
Não sei se em termos de audiência prejudicaria o programa de Eduardo Moreira se o denuncismo retórico fosse substituído por uma crítica materialista do espetáculo midiático; todavia um grande lance seria mexer em seu formato careta de aula de cursinho. Releva no entanto elogiar, pela ausência do muzak acústico, a qualidade linguística que permeia a fala dos repórteres, ou seja, sem o insuportável e alienante “sonzinho de fundo” como valor de troca.
Torcer para que vença Guilherme Boulos é realmente bacana, mas há que se explicar simultaneamente as águas bolsonaras que correm no riverão Tietê. Explicar evidentemente para combatê-las com o proletariado e o lúmpenproleta bandeirantes.
Guilherme Boulos deve recusar qualquer apoio insinuado por Marçaupablo porque este é uma mônada charlatã desprovido da capacidade de transferir votos. Nem tampouco deve aceitar arrimos de tucanos e pastores evangélicos mercenários.
Bon Voyage.
sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Pauliceia Prostituta e Marçal Pablo
Favela Capão Redondo de São Paulo
As ciências sociais têm dificuldade em construir uma teoria que explique a sedução dos evangélicos e dos charlatães da Bíblia. Antes de tudo a pergunta até hoje irrespondível: o que é que o homem brasileiro não acredita? Não basta a ética exposta de Edir Macedo, Malafaia e Marçal. Não basta invetivá-los como exploradores dos pobres e desvalidos.
A raiva analítica não deve deixar de lado o mecanismo que seduz as massas populares. Lembra-me Wilhelm Reich com o seu livro sobre Hitler, A Psicologia de Massa do Fascismo: a sexualidade que leva à personalidade autoritária a desejar o tirano ou a quem engana o bolso do pobre como o finado Silvio Santos, ou senão os aproveitadores dos dízimos extraídos do subproletariado parvo.
Engenhosidade esperar uma guerra entre os barões do charlatanismo acusando o rendimento de cada um, como se Marçal fosse uma dissidência de Edir Macedo.
Guilherme Boulos, o filho obediente de Lula, não tem a malícia agressiva o suficiente para combater a máfia do mal, uma vez que ele está desprovido de uma teoria explicativa sobre a gênese social dos enganadores do povo, portanto não sabe onde está o ponto fraco do inimigo.
É um vexame conceitual supor que Marçal Pablo seja uma teoria extraordinária do capitalismo empresário para deter o segredo da pauliceia prostituta.
Há consenso na classe dominante em São Paulo em torno de uma candidatura que não faz uso da caridade cristã. O alvo do seu programa não está em pleno emprego, e sim na existência do dinheiro. O milagre do dinheiro. Uma multiplicação milagrosa do dinheiro.
A escola primária não deve priorizar as letras, e sim a introjeção infantil do dinheiro, ou seja, cada guri é um empreendedorista, assim como a Xuxa inaugurou o cabaré das crianças na TV Globo.
O fetiche alucinado da mercadoria. O tesão pelo dinheiro. Essa é a lógica das eleições que atrai o povo pobre. Marçal Pablo é incisivo quanto à personalidade egóica a ser seguida: vote em mim que você fica rico. Não é diferente da mensagem dos pastores que vão sozinhos para o céu, não levam ninguém, nem pai, nem mãe, nem hora de futebol.
Eu vou
para o céu
sozinho
O espetáculo é o Deus em mim transformado em candidato para fazer o corpo do pobre dinheiro.
Edir Macedo não chegou tão longe.
Blasfemo! Blasfemo! Blasfemo!
Marçal Pablo, não importa se ganha ou não para prefeito, é uma expressão da hegemonia da internet na direita.
A palavra “socialismo” tornou-se algo antipopular e anti-humanista, idem a palavra “esquerda”, não apenas por influência das vozes evangélicas. Eis o espetáculo na política: o que aparece é bom e o que é bom não deixa de aparecer.
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
O inconsciente de São Paulo é um camburão
Marçal Pablo é o espetáculo do mal. A questão é saber se há possibilidade de existir um espetáculo que não seja do mal. Debord e Ludovico já pensavam isso. O valor da aparência. A última tapa do capitalismo. Não basta o cara ter grana, é preciso aparecer. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche. (28.09.2024).
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
De como se fabrica a marca Marçal Pablo
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Edir Macedo e o dinheiro no Maracanã |
Aconteça o que suceder, trata-se um vencedor por revelar e disso se aproveitar que a sociedade brasileira, em especial a de São Paulo, está acometida de uma grave enfermidade psicótica interclassista. Um charlatão e demagogo que metaforseou a blasfêmia em fake news. Marçal Pablo é o lidimo discípulo de Olavo de Carvalho que instrumentou a teologia da prosperidade, que é o equivalente nas ciências sociais da ideologia do empreendedorismo. Cada político é um publicitário de si mesmo. O púlpito de Edir Macedo entra em sintonia com os empreendedores do sociólogo tucano Jorge Caldeira.
O desvario da pobreza como calamidade pública em São Paulo não se redime com a lembrança do banqueiro Barão de Mauá. O homo qualunque da esquina só não fica ricaço se não destravar a mente baixoastral que o deprime. O que destroça essa trava, essa treva, esse exu é o candidato taumaturgo que já foi paupérrimo, filho de faxineira como gosta de repetir o tempo todo, mas que ficou endinheirado, opulento, milionário. Capitalista, segundo o senso comum, é o sujeito que vive às custas do rendimento dos seus capitais, muitas vezes sem ter ocupação alguma.
Marçal Pablo não é trabalho produtivo, nunca produziu uma alpargata, nunca tapou um buraco em sua rua. Trabalhar é besteira. O lance é a mentalidade liberada pelo espirito santo para fazer dinheiro, se possível honestamente, se possível... O que está escancarado em sua personalidade eleitoral, e que é essencial em seu anti-comunismo, é o seguinte: quem não tem dinheiro não tem razão. Preste atenção, eleitor badameco: você não está bem de vida porque a sua mente está cheia de coisa ruim, e a principal é a demonização do dinheiro feito pelo comunismo.
O que há de mais insano é que a promessa do bem-estar não é um futuro melhor generalizado, e sim o presente imediato para o eleitor que acredita ficar rico mimetizando o candidato. Por isso é que não tem a menor importância o programa ou a programática do candidato. O dinheiro chapado, nu e cru, ofusca inteiramente o que é dito ou insinuado pelo programa.
Marçal Pablo é sigla do dinheiro, e o dinheiro é Deus. Marçal Pablo converte-se aos olhos do eleitor em Deus do dinheiro. Quanto mais pobre o eleitor mais o dom da graça, o carisma do dinheiro. A moeda Marçal é a célula do eleitor. Não se cansa de repisar que a instituição Banco, da qual é um dos proprietários, pede ser democratizada com o voto Marçal, ou seja, o seu eleitor pode vir a ser dono de banco.
O pobre, o favelado só se libera espiritualmente com o grito catártico “viva o capitalismo”. O tesão do eleitor de Marçal é o capitalismo. A noção de prosperidade é copular com o dinheiro, então não pega a acusação que identifica bandido com roubo de dinheiro, porque a sociedade brasileira como um todo é uma sociedade bandida: a bandidagem do dinheiro e o dinheiro da bandidagem.
O mais notável símbolo material da felicidade é o dinheiro. O candidato pós-Bolsonaro atualizou a apologia da mercadoria feita por MacLuhan: o dinheiro é a mensagem. O novo rico mitomaníaco do dinheiro ambiciona ser prefeito de São Paulo sem que nele se observe traço algum de atender à esfera pública tida por ele como o lugar do “marxismo cultural”, que é uma asneira exótica divulgada entre nós por Olavo de Carvalho que, verdade seja dita, o coitado não teve tempo em vida de fazer seu pé de meia com os mecenas “Véio da Van” e o Presidente Jair Bolsonaro.
O charlatão pop candidato a prefeito é um bolsonarista que não depende das benesses do ex-capitão para alcançar voo na extrema direita da avenida Faria Lima.
A dúvida é se a burguesia bandeirante, quase que inteiramente “compradora” e dependente, considera a candidatura Guilherme Bolos uma ameaça ou um constrangimento para os seus negócios.
A “democracia” não é um fator a ser levado em consideração nem por Bolsonaro, nem por Marçal nem pelos evangélicos. A burguesia de São Paulo tem uma longa tradição, teórica inclusive, segundo a qual o capitalismo é contra a democracia e a favor exclusivamente do lucro. Digamos que já deglutiu o meteco Tarcísio, o “Bolsonaro técnico”, assim como poderá tolerar outro meteco aventureiro para participar do banquete do poder, por mais disruptivo, instável, escandaloso que venha a ser do ponto de vista criminal o “liberdad carajo” do riverão Tietê.
terça-feira, 24 de setembro de 2024
A razão está na grana
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Crédito: Foto: Filipe Castilhos/Sul21.com |
Dizem os economistas que tudo o que não tem valor material não presta. Tenho feito deles. Dizia o ex-ministro da ditadura Delfim Neto: desenvolvimento não é paz, é sofrimento. A proposta desse grupo de pessoas é fazer com que as crianças aprendam a ganhar dinheiro desde a escola fundamental. Nada de brincadeiras. O negócio é o empreendedorismo. Quem não tem dinheiro, meu bem, não tem razão. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche. (20.09.2024).
terça-feira, 17 de setembro de 2024
Democracia canibal
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
Sociedade falsificada
Perguntaram-me sobre a eleição de São Paulo. E sobre esse personagem que se apresenta como a pessoa como a maior auto estima do mundo. Um cara que se acha o máximo, um fodão. E que se apresenta para a população como um mistificador: "vote em mim e você vai ser rico". Ele personifica uma sociedade falsificada, essa que hoje vivemos com o mantra: compre o boné do Neymar e serás Neymar. Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Campeche. (07.09.2024).
terça-feira, 3 de setembro de 2024
São Paulo: cuidado com o PM, o agente do mal
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
A ideologia é pop
No final dos anos 1970 escrevi um livro chamado "Música Popular: De olho na fresta" tendo como tema Noel, a bossa nova e a tropicália. Hoje eu renego esse livro. Não gosto mais dele. Aprendi que a música popular que se produz é contra o povo. E isso em todo lugar. Veja o que aconteceu na Argentina. A ideologia é pop, o capitalismo é pop. Este é o comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos, no Programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche. (24.08.2024).
domingo, 18 de agosto de 2024
O Gondin da Fonseca da Raizen
Continuo querendo ir para a Venezuela. E saliento que a questão por lá é o petróleo. Por isso quero contar sobre Gondin da Fonseca, jornalista e escritor, e seu trabalho. Um dos livros mais importantes dele é “O que você sabe sobre o Petróleo?” mostrando os tentáculos das empresas transnacionais imperialistas. É bom que se diga que desde 1964 pra cá tudo o que acontece no Brasil tem o dedo do petróleo. Liguem-se! Comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche. (17.08.2024).
sexta-feira, 16 de agosto de 2024
Venezuela: o ponto é petróleo
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Imagem: CC |
Não precisa saber muito sobre a realidade. Basta ver com quem anda Milei, Trump e toda essa canalhada. Por isso não dá para confiar em quem fala mal do Maduro. Mas, o que parece é que a população em geral gosta mesmo é de milionário. Na Venezuela a questão não é o Maduro, é o petróleo, minha gente. Este é o comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos, no Programa Campo de Peixe, na Rádio Comunitária Campeche. (10.08.2024)
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
Eu vou para a Venezuela, eu vou
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Imagem: Joka Madruga |
Onde é a Venezuela? Quem sabe? O que, de fato, acontece, por lá? Um país demonizado por anos e anos a fio. Um lugar onde a ditadura impera, é isso mesmo? Como a população vai engolindo cobras e lagartos sem saber de nada do que acontece por lá. Este é o comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, na Rádio Comunitária Campeche. (03.08.2024).
segunda-feira, 29 de julho de 2024
A ditadura do som
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Imagem: Criação/Sascha Kohlmann |
Ouvir. Ouvido. Tenho fé na fala coloquial. Tanto que coloquei o nome deste programa de Modo de Produção Acústico. Ainda acredito que o que se ouve é decisivo para a vida política, para a vida mesma. A luta de classe é a luta de um som contra outro som. Por isso não para de ter som. Este é o tema do comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no programa Campo de Peixe, da Rádio Comunitária Campeche.
sexta-feira, 26 de julho de 2024
Raízen, Capital Fóssil e Bautista Vidal
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Bautista Vidal - Foto: reprodução |
Estou no Rio de Janeiro toca o celular. É Ricardo Guerra, oxalá futuro editor dos livros de Bautista Vidal, na sequência do menoscabo da AEPET com o legado de Bautista Vidal.
A AEPET não quer saber o que significa civilização fotossíntese, portanto é cúmplice da catástrofe ecológica capitalista.
Os engenheiros da AEPET, alguns ex-alunos de Bautista Vidal, acham que o petróleo é a derradeira forma energética do mundo. Equívoco. Não entenderam o que é termodinâmica.
Alyne Bautista, filha e devota do mestre, depois de inteirar-se do meu artigo iracundo relatando a deplorável situação em que se encontra o legado de Bautista Vidal, quis saber a história da AEPET e sua relação com o seu pai.
A verdade, a triste verdade é que a Petrobrás e as sucessivas diretorias foram adversárias do álcool combustível e dos óleos vegetais concebidos por Bautista Vidal e Marcelo Guimarães. Agora com a multinacional Raízen se apossando de tudo, aí sim a Petrobras está se dando conta que o álcool é a necessária alternativa energética e ecológica.
A aliança Raízen-Petrobras continua hostil a Bautista Vidal se o critério for a emancipação popular e a soberania nacional do país. A mentalidade dos engenheiros alienados faz parte da fisionomia rentista do combustível fóssil é do descenso do valor de uso das coisas.
Ricardo Guerra me pergunta, pensando em uma política editorial que seja realista, se a produção energética da biomassa teria algo a ver com a clivagem histórica entre capitalismo e socialismo. Respondo que sim porque a energia vegetal se faz de maneira desconcentrada e o capitalismo é concentracionário. Destarte, meu caro, não poderá existir socialismo limpo com o combustível fóssil sujo. O socialismo é do sol. Sol + Socialismo = Solcialismo.
Basta reparar como a vida está enferma porque o capital fóssil é patógeno. Lembre-se de um kovydezenove. Outras epidemias virão por aí se não for eliminado o capital fóssil que é a causa da infecção.
A peste agrobusiness é privatizante.
A São Paulo bolsonara com água privatizada vai pegar fogo. Bautista Vidal vaticinou a ruína da Estrada de Santos desabando a qualquer momento; todavia é mister deixar claro que ele não era marxista, embora não fosse anticomunista. O mundo para ele estava dividido entre regiões intertropicais e países imperialistas sem sol. Daí a pergunta endereçada aos doutos engenheiros da AEPET raízenficada: quem tem medo do legado científico e político de Bautista Vidal?
domingo, 21 de julho de 2024
O trumpinho atirou no trumpão
O criador e a criatura. Imaginem se o atirador que acertou a orelha do Donald Trump fosse um peronista ou um militante do Hamas. Seria um deus nos acuda. O fato é que quem atirou no Trump foi o trumpinho, um filho do próprio pai. O mesmo aconteceu aqui, lembrem que Bolsonaro fez campanha com um rifle. Este é o comentário de Gilberto Felisberto Vasconcellos no Programa Campo de Peixe, da Rádio Campeche.
domingo, 14 de julho de 2024
Waterloo de Bolsonaro
Milei, go home
quinta-feira, 11 de julho de 2024
A Petrobras contra a Petrobras, Bautista Vidal no ostracismo póstumo
Bautista com Brizola - um Brasil brasileiro
Um meu amigo leu aqui o pau que eu dei na AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras) por não se interessar em preservar o legado de Bautista Vidal na área da energia e tecnologia. Eis a pergunta do amigo meu: - Por que afinal a AEPET deveria fazê-lo?
É que Bautista Vidal foi um grande engenheiro que defendeu a engenharia nacional vinculada à Petrobras como empresa de energia. Elogiou várias vezes o nacionalismo da AEPET, e talvez ingenuamente falava de seus amigos que tinham admiração pela sua reflexão sobre o trópico de que resultou o Proálcool.
Por não querer sentir pejo, furto-me em citar os nomes dos amigos que lhe devem as calças, e que não seriam absolutamente nada sem os seus ensinamentos. Esses amigos, alguns figurões integrantes da diretoria da AEPET, parece que depois de Bautista Vidal morto desprezaram o que ele fez e escreveu vivo em defesa da Petrobras. Esse desprezo não é inocente do ponto de vista científico e político. O poder mundial, expressão com a qual ele designava o imperialismo, dissocia o nome de Bautista Vidal da Petrobras, cuja importância não é menor do que a de Getúlio Vargas, Horta Barbosa e Gondim da Fonseca.
Eu suponho que os engenheiros da AEPET, não todos evidentemente, querem elidir o fato de que a Petrobras foi inimiga do Proálcool. Bautista Vidal acusou isso várias vezes, mostrando os inimigos endógenos encrustados na Petrobras por insciência ou por serem porta-vozes do imperialismo.
Dito e feito.
O álcool combustível somente seria valorizado quando o capital fóssil estrangeiro tomasse conta inteiramente da Petrobras desnacionalizada. A Raízen, multinacional do álcool, não é um espectro imperialista que surgiu de um dia para o outro. A Raízen tem sido assoprada pela Standard Oil do doutor Rockfeller. A atual direção da AEPET, imersa na alienação energética, faz vista grossa diante da Raízen; não é senão por isso que o legado antimperialista de Bautista Vidal deve ser deixado à mingua.
Querem os burocratas e entreguistas tapear a história trágica de Bautista Vidal por ter ele sido pioneiro da transição energética. A verdade é que a Petrobrás, viciada no petróleo, foi hostil ao Proálcool. Os diretores e engenheiros da AEPET não atinaram à concepção totalizante da energia e de seu condicionamento geográfico.
sexta-feira, 28 de junho de 2024
À AEPET: Para não esquecer Bautista Vidal
A 7, março, 2024, enviei a seguinte carta aos engenheiros da Petrobrás acerca do cientista Bautista Vidal. Até o presente momento não obtive resposta dos insignes engenheiros que devem o olho da cara ao professor de termodinâmica.
À diretoria da AEPET
Chegou-me há pouco a notícia, e folgo em sabê-lo, que o engenheiro Felipe Coutinho é o novo presidente da prestigiosa Associação dos Engenheiros e Técnicos da Petrobras.
Aproveito o ensejo para comunicar-lhe um esplêndido acontecimento na área da engenharia nacional. É que, finalmente, foi por nós catalogado, depois de um perseverante garimpo, o legado de um dos mais insignes e destacados colaboradores da AEPET que lecionou geofísica na Bahia para o técnicos e engenheiros da Petrobras no limiar do decênio de 1960.
Trata-se do cientista José Walter Bautista Vidal, um dos mentalizadores do Proálcool em 1974, e para quem a Petrobras deveria ser uma empresa poliédrica e múltipla a lidar com todas as formas de energia. Assim, de perfil inteiramente nacional, voltada aos interesses do povo brasileiro, caberia à Petrobras ser uma das mais avantajadas empresas de energia em âmbito mundial.
Dirijo-me nesta missiva, a um só tempo congratulante e informativa, ao novo presidente da AEPET com a esperança de poder contar com o apoio histórico e financeiro na recuperação técnica dos vídeos em vários formatos de mídia nos quais está materializada a memória de Bautista Vidal.
Aos ilustres membros da AEPET insista-se quanto à singularidade dessa reflexão tecnológica sobre as regiões intertropicais, que é inencontrável seja qual for a latitude do mundo.
Arrolamos aqui a catalogação do arquivo audiovisual sobre energia, tecnologia e nacionalismo de aproximadamente 15 anos. Dispensável realçar que aguardamos resposta em prol da ciência, da energia e do desenvolvimento tecnológico autônomo do país.
Atenciosamente,
Gilberto Felisberto Vasconcelos.
Anexo:
1. TV Comunitária de Curitiba UNEAP – Programa Agenda 21 em Debate – J. W. Bautista Vidal: Campanha no Paraná – Biocombustíveis – Duração: 01:12:49.
2. Marcelo Guimarães: Alambique de álcool no Jequitinhonha – Microdestilaria e produção em pequena propriedade – Duração: 00:23:02.
3. Discurso de J. W. Bautista Vidal apresentando um programa político-energético para o PRONA e a pré-candidatura de Enéas Carneiro. Ano: 1998. Duração: 07m : 17s.
4. INTTEL (Sindicato dos Telefônicos – RS) + CUT FITRATELP – Programa Recuperando Memória. J. W. Bautista Vidal: A Energia é crucial. Duração: 17m:30s.
5. Aula do professor Gilberto Felisberto Vasconcellos sobre Bautista Vidal e Marcelo Guimarães (As microdestilarias e a questão energética). Duração: 9m:30s.
6. Aula do professor Gilberto Felisberto Vasconcellos sobre o filme: Marcelo Guimarães e o Autodesenvolvimento. Duração: 04m:30s.
7. Bautista Vidal na TV Senado no programa Agenda Econômica – Crise Energética – Helival Rios e Beto Almeida – Senador Roberto Saturnino – debate sobre O poder dos Trópicos Duração: 1h:33m:58s.
8. Bautista Vidal e Marcelo Guimarães – biomassa energética, autodesenvolvimento, Jardim Botânico e Museu da História Natural. Duração: 58m:40s.
9. Bautista Vidal – Biomassa: Poder dos trópicos. Duração: 17m:45s.
10. TV Senado – Bautista Vidal – Nação do Sol. Duração: 1h:56m:15s.
11. TV Senado – programa Cidadania – Bautista Vidal com Brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla. Duração: 50m:34s
12. Bautista Vidal + Casa Professor Gilberto Felisberto Vasconcellos (Petrópolis – RJ) – filme Biomassa. Duração: 18m:07s.
13. TV Comunitária do Distrito Federal – Bautista Vidal + Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Duração: 1h:54m:55s.
14. Bautista Vidal – A questão do Petróleo no Brasil + Derval Nery. Duração: 59m:02s.
15. Bautista Vidal – Cascavel Paraná – Jornal Coletiva –Duração: 1h: 07m:01s.
16. AEPET – Debate Brasil – Programa 123 José Luís Ribeiro – gravado em 05/09/2003. Bautista Vidal: Energia Alternativa + Livro Petrobás: Um clarão na história. Duração: 1h:00m:51s.
17. Tv Comunitária – Espaço Sindical — Bautista Vidal – Entrevista aos integrantes do MST. Duração: 39m:30s.
18. Palestra no MST (1999) – Bautista Vidal iracundo com a venda do território brasileiro. Duração: 00:48s.
19. Entrevista do Professor Bautista Vidal concedida ao jornal O APITO de Alfenas – MG em junho de 2003. Duração: 1h:02m:13s.
20. Mensagem do cientista brasileiro J. W. Bautista Vidal ao presidente da Venezuela Hugo Chávez. Duração: 13m:11s.
21. TV Comunitária – Entrevista a Bautista Vidal. Duração: 1h:13m:20s.
22. TV Brasília – TELE TAPE – Bautista Vidal – Opinião pública II – 1986. Duração: 1h:31m:42s.
23. Canal Rural – Estúdio Rural apresentado Cecília Maia entrevistando Bautista Vidal – 1990 – São Paulo. Duração: 22m:02s.
24. Bautista Vidal no programa Vamos sair da Crise – 1990. Duração 1h:40m:40s.
25. TV Comunitária – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal – Entrevista a Bautista Vidal. Duração 1h:12m:53s.
26. PDT – Programa Partidário Lei 9095 96. Duração: 29m:04s.
27. Brasil é isso – Rede Viva – Alternativa Energética do Brasil – Entrevista a Bautista Vidal. Duração: 27m:19s.
28. CNT – Jogo do Poder – Palestra sobre mudança na política econômica + TV educativa Paraná – Aqui entre nós. Duração: 01h:32m:19s.
29. CNT – Jogo do Poder com Bautista Vidal – 2004 – Duração: 50m:55s.
30. J. W. Bautista Vidal – Abertura CNT Jogo do poder 2004. Duração: 01m:01s.
31. TV Comunitária – O Poder dos Trópicos – Conferência Gilberto Felisberto Vasconcellos sobre Biomassa – Entrevista a Bautista Vidal. Duração: 53m:02s.
32. Energia, desenvolvimento e futuro – Gilberto Felisberto Vasconcellos – UFJF – Duração: 10m:01s.
33. Documentário Egito – History Channel. Duração: 2h:09m:35s.
34. Espaço Sindical – Palestra do Professor Bautista Vidal para o MST. Duração: 47m:07s.
35. Fatos e focos – Não está funcionando o vídeo, falha bastante. Duração: 02h:28m:14s.
36. Gilberto Felisberto Vasconcellos – Biomassa a eterna energia. Duração: 03m:00s.
37. Escola Superior de Guerra (ESG) + AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás) – Debate Brasil – com General Lessa e Bautista Vidal. Duração: 50m:08s.
38. TV Senado – programa Jogo do poder – CNT – Palestra sobre mudanças na política econômica + Cidadania – Transgênicos e Soberania Nacional. Duração: 01h:33m:54s.
39. Jogo do Poder 2003 + TV Comunitária Espaço Sindical Palestra sobre o Brasil atual – 2002. Duração: 01h:46m:06s.
40. Jogo do Poder, jornalista Carlos Chaga + Espaço sindical – TV comunitária — Palestra sobre o Brasil atual – Professores. Adriano e Vamirech Chacon. Duração: 01h:45m:38s.
41. Entrevista com Marcelo Guimarães sobre Energia Renovável. Duração: 20m:10s.
42. Marcelo Guimaraes – Autodesenvolvimento pelas microdestilarias. Duração: 06m:21s.
43. Marcelo Guimarães – Biomassa. Duração: 00:41s.
44. Marcelo Guimarães – Energia renovável. Duração: 35m:41s.
45. Entrevista cedida pela TV Educativa do Paraná – Autodesenvolvimento e Energia Renovável – Marcelo Guimarães – Parte 1. Duração: 04m:25s.
46. Entrevista cedida pela TV Educativa do Paraná – Autodesenvolvimento e Energia Renovável – Marcelo Guimarães – Parte 2. Duração: 09m:43s.
47. Entrevista cedida pela TV Educativa do Paraná – Autodesenvolvimento e Energia Renovável – Marcelo Guimarães – Parte 3 mas no vídeo está parte 4. Duração: 09m:27s.
48. Entrevista cedida pela TV Educativa do Paraná – Autodesenvolvimento e Energia Renovável – Marcelo Guimarães – Parte 4 mas no vídeo está parte 5. Duração: 09m:22s.
49. Entrevista cedida pela TV Educativa do Paraná – Autodesenvolvimento e Energia Renovável – Marcelo Guimarães – Parte 5 mas no vídeo está parte 6. Duração: 09m:16s.
50. O Brasil e a Crise Energética Mundial – O que todo brasileiro deveria saber. Duração: 37m:34s.
51. Palestra na Semana de Biologia + Fazendas de produção de cana + dólar contra o sol na terra do etanol. Duração: 13m:32s.
52. Posicionamento do Brasil frente ao novo ambiente mundial – Bautista Vidal – Escola Superior de Guerra – 2004 parte 2. Duração: 17m:09s.
53. Posicionamento do Brasil frente ao novo ambiente mundial — Bautista Vidal – Escola Superior de Guerra – 2004. Duração: 3h:00m:02s.
54. Posicionamento do Brasil frente ao novo ambiente mundial — Bautista Vidal – Escola Superior de Guerra – 2004. Duração: 02h:12m:17s.
55. 1995 – Entrevista ao professor Bautista Vidal iniciando a palestra falando do seu livro: O Esfacelamento da Nação. Duração: 05m:46s.
56. Programa TV Senado – Agenda Econômica – Crise da Energia – Apagão 2002. Duração: 54m:50s
57. Proposta do professor Bautista Vidal para o comandante Hugo Chávez – “Venezuela y Brasil, países bi-energéticos” – 31 de agosto de 2004. Duração: 01h:00m:01s.
58. RBI (Rede Brasileira de Informação) – Entrevista a Bautista Vidal – Apresentado por Adriana Motta – parte 2. Duração: 16m:03s.
59. RBI (Rede Brasileira de Informação) – Entrevista a Bautista Vidal – Apresentado por Adriana Motta – parte 1. Duração: 18m:40s.
60. TV Manchete – Se Liga Brasil – Programa apresentado por Carlos Chagas – entrevistando Brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla + Bautista Vidal. Duração: 01h:16m:27s.
61. ABERTURA – TV Manchete – Se Liga Brasil – Programa apresentado por Carlos Chagas – entrevistando Brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla + Bautista Vidal. Duração: 00:16s.
62. TV PUC de São Paulo – 2005 — Diálogos Impertinentes – tema: O Ambiente com Ozires Silva e Bautista Vidal. Duração: 01h:09m:24s.
63. TV Record – programa com Bautista Vidal, Enéas Carneiro e Dr. Veronese. Duração: 47m:43s.
64. TV RIP comunitária BH – O que acontece quando a comunidade faz televisão? – Entrevista a Bautista Vidal feita pelo diretor da TV RIP Edivaldo Faria. + TV Frente a frente -1999. Duração: 02h:29m:16s.
65. TV Rural – 1999 – entrevista a Bautista Vidal feita por Cecília Maia – Duração: 25m:04s.
66. Fiocruz – TV Saúde – Energia – programa 352 apresentado por Renato Farias entrevistando Bautista Vidal e outros convidados – no ar em 29/11/2002 – Duração: 53m:33s.
67. TV Senado – Transgênicos e Soberania Nacional -Bautista Vidal e Senador João Capeberibe. Duração: 43m:48s.
68. TV Senado Apagões – TV Minas Alta tensão 2001 – TV Rural 1999 – Filme Biomassa. Duração: 02h:43m:01s.
69. TV Senado – Lançamento livros poder dos trópicos 1998 + Nação do sol 1999. Duração: 01h:44m:13s.
70. TV Senado – Poder dos Trópicos + Nação do Sol + Tvs comunitárias. Duração: 02h:24m:16s.
71. TV Tupi – Programa abertura 1979 — Diretor Fernando Barbosa – Quadros Glauber. Duração: 01h:06m:38s.
72. União Planetária – Amazônia e Soberania Nacional – Almirante Gama e Silva + Bautista Vidal. Duração: 01h:30m:05s.
73. União Planetária – Globalização e as Soberanias Nacionais + Debate Sobre a televisão brasileira. Duração: 02h:18m:57s.
74. TV Juiz de Fora – Mesa de Debates – Bautista Vidal – 13 -11-03. Duração: 52m:04s.
75. J. W. Bautista Vidal – Arquivo BETACAM – não acessado.