quarta-feira, 6 de julho de 2022

O baú subversivo de Glauber Rocha na Havana de 1972


Dou aos meus distintos leitores desta Pátria Grande um texto que eu descolei no Templo Glauber onde frequentei alguns anos na rua Sorocaba do Rio de Janeiro.

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     “Médici inaugura no Brazil o Estado Fascista tecnológico que moderniza a concepção colonial no continente”.

“Costa e Silva dominado pela mulher que fazia contrabando”.

“Delfim, homossexual da ignorante burguesia paulista. Roberto Campos, ex-embaixador, ex-padre, um dos tarados sexuais de maior periculosidade do Ministério das Relações Exteriores, amante espiritual de Castelo Branco, anti-marxista e fanático por tudo que é americano”. Delfim come espaguete e só ouve Bach”.


1980

“A televisão é o King Kong eletrônico que sistematiza o discurso opressivo, sobretudo no Terceiro Mundo”.

“O Cinema Novo tomou o poder em 1964”, ano de Castelo, Vidas Secas, Deus e o Diabo”. 


1975

“Coppola, o Delfim de Hollywood”.


1971

“Médici incentivava penetração imperialista ao preço da miséria popular”.


Os Anos 70

“Depois do AI5 as esquerdas se dividiram “entre a minoria que pegou em arma e a maioria que regrediu, na transparência da droga, do materialismo histórico e dialético ao sincretismo psicodélico”.

“CIA bombardeia a cultura das “elites intelectuais cuja influencia política na colônia é muito maior do que na metrópole”.

“Desequilíbrio entre a sapiência estéril do velho Fausto e o fluxo de Pierrot le Fou a Che Guevara, homens novos entre o som e a fúria”.

“Não sendo comercial o capital não me financia, sendo revolucionário o Estado me reprime”.

“O áudio-visual é a nova droga”.

“O povo brasileiro não descobrirá sua individualidade enquanto estiver bestializado por Hollywood”.

“Sobre Oswaldo de Andrade, “filósofo é vela de macumba”.

“Vinicius me contou que Cabral de Mello Neto disse para ele ser absurdo talento fazer samba ao que o malandro Moraes respondeu ao Duque de Mello”.

- “Você é que nasceu para Mallarmé. Eu nasci para Ciro Monteiro”.

Sobre “Jango, o filho de Getúlio, com a cópia da carta testamento no bolso, Macunaíma de perna curta, entre a empresa de Celso Furtado e o paraíso de Darcy Ribeiro, é Derrubado por Castelo Branco”.


PIF-PAF CONCRETISTA


“Não por acaso meu filme Terra em Transe promove um poeta a personagem principal. Não por acaso os concretistas esculhambaram  Terra em Transe. O poeta que fica no baile de Porfírio Diaz é concretista”.

“O Brasil começa onde acaba a Terra”.


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